8 DE OUTUBRO DE 2018
SEGUNDA-FEIRA DA VIGÉSIMA
SÉTIMA SEMANA
DO TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – Gal 1, 6-12
Leitura da Carta de São
Paulo aos Gálatas 1,6-12
Irmãos: 6Admiro-me de terdes abandonado tão depressa aquele que
vos chamou, na graça de Cristo, e de terdes passado para um outro evangelho.
7Não que haja outro evangelho, mas algumas pessoas vos estão perturbando e
querendo mudar o evangelho de Cristo. 8Pois bem, mesmo que nós ou um anjo vindo
do céu vos pregasse um evangelho diferente daquele que vos pregamos, seja
excomungado. 9Como já dissemos e agora repito: Se alguém vos pregar um
evangelho diferente daquele que recebestes, seja excomungado. 10Será que eu
estou buscando a aprovação dos homens ou a aprovação de Deus? Ou estou
procurando agradar aos homens? Se eu ainda estivesse preocupado em agradar aos
homens, não seria servo de Cristo. 11Irmãos, asseguro-vos que o evangelho
pregado por mim não é conforme a critérios humanos. 12Com efeito, não o recebi
nem aprendi de homem algum, mas por revelação de Jesus Cristo. Palavra do Senhor.
Reflexão - “o Evangelho não
segue os critérios humanos”
São Paulo abre os nossos olhos para que não queiramos adaptar o
Evangelho de Cristo aos critérios das pessoas a quem ouvimos e admiramos.
Sabemos, pois, que o ser humano é por natureza, um ser pecador, instável e
inconstante nas suas concepções, nas suas crenças. É por isso, que temos a
tendência de escutar melhor, isto é, de “entender” mais as mensagens que
agradam às nossas conveniências. Assim sendo, muitos de nós procuramos
encontrar a solução para os nossos problemas nas crenças que nos acenam com
prosperidade e vida fácil. Nesta carta São Paulo crítica os gálatas pela
inconstância em relação ao Evangelho de Jesus Cristo que ele anunciava e por
tê-lo abandonado tão depressa seguindo a outras pessoas que os atraiam com
doutrinas vãs. Precisamos ter consciência de uma coisa: servir a Cristo e viver
o Seu Evangelho é uma expedição que exige de nós a Fé como primeira tarefa, a
perseverança como sustentação e a confiança nas promessas de Deus, como alento.
Não podemos nos impressionar com as doutrinas que pregam uma felicidade
utópica, sem sofrimento e sem dificuldades. Somos aprovados por Deus na medida
da nossa entrega e confiança nos Seus desígnios, mesmo diante das barreiras e
dos enigmas a que somos submetidos. Toda a Palavra de Deus é inspirada para nos
edificar e nos fortalecer na fé. A nossa fidelidade a Deus se manifesta nos
momentos em que exercitamos a nossa fé de uma maneira coerente e perseverante.
– Você muda de opinião conforme a mensagem lhe convém?
- Você tem convicção em relação ao que o Evangelho o (a) ensina?
– Como você tem conseguido permanecer fiel a Ele mesmo quando lhe é difícil vivenciá-lo?
Salmo - 110,1-2. 7-8. 9.10c
(R. 5b)
R. O Senhor se lembra sempre
da Aliança.
Ou: Aleluia, Aleluia,
Aleluia
1Eu agradeço a Deus de todo o coração * junto com todos os seus
justos reunidos! 2Que grandiosas são as obras do Senhor, * elas merecem todo o
amor e admiração!R.
7Suas obras são verdade e são justiça, * seus preceitos, todos
eles, são estáveis, 8confirmados para sempre e pelos séculos, * realizados na
verdade e retidão.R.
9Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua Aliança para
sempre. * Seu nome é santo e é digno de respeito. 10cPermaneça eternamente o
seu louvor.R.
Reflexão - Os preceitos do Senhor são estáveis e quando neles
perseveramos com confiança, as promessas do Senhor se cumprem e são confirmadas
na nossa vida. Nunca poderemos desanimar. Que permaneça eternamente o Seu
louvor!
Evangelho – Lc 10, 25-37
+ Proclamação do Evangelho
de Jesus Cristo segundo Lucas 10,25-37
Naquele tempo: 25Um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr
Jesus em dificuldade, perguntou: 'Mestre, que devo fazer para receber em
herança a vida eterna?' 26Jesus lhe disse: 'O que está escrito na Lei? Como lês?'
27Ele então respondeu: 'Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com
toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu
próximo como a ti mesmo!' 28Jesus lhe disse: 'Tu respondeste corretamente. Faze
isso e viverás.' 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: 'E quem é
o meu próximo?' 30Jesus respondeu: 'Certo homem descia de Jerusalém para Jericó
e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e
foram-se embora deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava
descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro
lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu
adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto
dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando
óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e
levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de
prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: 'Toma conta dele! Quando
eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais.' E Jesus perguntou: 36'Na tua
opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos
assaltantes?' 37Ele respondeu: 'Aquele que usou de misericórdia para com ele '
Então Jesus lhe disse: 'Vai e faze a mesma coisa.' Palavra da Salvação.
Reflexão – “o bom samaritano
é alguém que age com misericórdia”
O mestre da Lei para por Jesus à prova, perguntou-Lhe: “quem é o meu próximo”? Como resposta, Jesus nos conta a parábola do bom samaritano e nos dá uma lição sobre o que precisamos fazer para receber a herança da vida eterna, colocando como prioridade o Amor, a Deus e ao próximo, assim como a nós mesmos. Ao devolver a pergunta ao mestre da Lei Jesus coloca a situação do próximo ao inverso do que sempre pensamos. Por isso, Ele diz: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” O mestre da lei, então, respondeu-lhe: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Geralmente, nós entendemos que o nosso próximo é alguém a quem encontramos no nosso caminho e que está necessitado e dependente de ajuda. E isto é uma verdade! Não obstante, Jesus hoje nos esclarece, que o nosso próximo é, também, alguém que se aproxima de nós para nos acolher e ajudar. São duas vias, são duas situações: às vezes, somos o necessitado, outras vezes, somos nós os bons samaritanos ou os donos da hospedaria, mas sempre seremos o próximo de alguém. Nenhum de nós é autossuficiente, pois, sempre carecemos de alguém que seja instrumento de Deus para que recebamos a herança da vida eterna. Em qualquer situação que nos encontremos, como necessitados ou como cooperadores, todos seremos convidados pelo Senhor a amar o próximo como a nós mesmos. Às vezes, ajudamos às pessoas e as socorremos por obrigação ou a contragosto, porém, a própria Palavra do Evangelho nos esclarece: o próximo “é aquele que usou de misericórdia para com ele”. A misericórdia, então, é o sinal para que sejamos “o próximo” de alguém. Agir com misericórdia é fazê-lo por amor a Deus e acolher a miséria do outro com o mesmo amor de Deus e não somente com o nosso amor imperfeito e interesseiro.
– Como você costuma agir: como o sacerdote, como o levita, como o samaritano, como o hospedeiro?
– Ou você sempre é aquele que desce de Jerusalém para Jericó, se mete em enrascadas e está continuamente precisando que alguém se aproxime de si?
- Você já experimentou ser aquele (a) que se aproxima de alguém necessitado de socorro?
- Quando ajuda alguma pessoa você o faz por amor a Deus e com o amor de Deus?
Helena Colares Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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