O
Papa Francisco recorda que "o amor de doação recíproca apoiada por
Cristo" mantém os cônjuges unidos, enquanto a busca da própria
satisfação" os divide. A Igreja não condena, mas é chamada a "levar
de volta a Deus os corações feridos ou perdidos" daqueles que vivem
"a experiência de relacionamentos rompidos".
Silvonei José - Cidade do Vaticano
"No projeto original do
Criador, não há homem que se case com uma mulher e, se as coisas não vão bem,
ele a repudia. Não. Em vez disso, há o homem e a mulher chamados a
reconhecerem-se, completarem-se, a ajudarem-se mutuamente no matrimônio":
essa a advertência feita pelo Papa Francisco que, no Angelus deste
domingo na Praça São Pedro, comentou o Evangelho que "oferece a palavra de
Jesus sobre o matrimônio".
"Este ensinamento de Jesus é
muito claro e defende a dignidade do matrimônio, - disse o Papa - como união de
amor que implica a fidelidade. O que permite que casais se mantenham unidos no
matrimônio – explicou Francisco - é um amor de doação recíproca apoiado pela
graça de Cristo. Se, ao invés, prevalece nos cônjuges, o interesse individual,
a própria satisfação, então a união deles não será capaz de resistir".
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07/10/2018
Mas, o Papa esclareceu: "é a
mesma página do Evangelho a nos lembrar, com grande realismo, que o homem e a
mulher, chamados a viver a experiência do relacionamento e do amor, podem
dolorosamente fazer gestos que a colocam em crise. Jesus não admite o repúdio e
tudo o que pode levar ao naufrágio do relacionamento. O faz para confirmar o
desígnio de Deus, no qual se destacam a força e a beleza do relacionamento
humano.
“A Igreja, mãe e mestra – disse o
Papa – que compartilha as alegrias e as fadigas das pessoas, por um lado, não
se cansa de confirmar a beleza da família como nos foi entregue pela Escritura
e pela Tradição; ao mesmo tempo - assegurou Francisco - se esforça para fazer
sentir concretamente a sua proximidade materna àqueles que vivem a experiência
de relacionamentos rompidos ou levados avante de maneira dolorosa e
fadigosa".
"O
modo de agir do próprio Deus com o seu povo infiel, isto é conosco, nos ensina
que o amor ferido pode ser curado por Deus através da misericórdia e do perdão.
Portanto, à Igreja, nestas situações, não é solicitado imediatamente e somente
a condenação. Pelo contrário - concluiu o Papa -, em face de tantos dolorosos
fracassos conjugais, a Igreja se sente chamada a viver a sua presença de
caridade e de misericórdia, para levar de volta a Deus os corações feridos e
perdidos".
Fonte: Vatican News


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