Presidente eleito do Brasil, Jair
Bolsonaro / Foto: Wikimedia (Domínio público)
REDAÇÃO CENTRAL, 29 Out. 18 / 01:30
pm (ACI).-
Após o resultado da eleição presidencial no Brasil, no domingo, 28 de outubro,
que deu a vitória a Jair Messias Bolsonaro (PSL), o presidente eleito proferiu
um discurso no qual agradeceu a Deus e também às orações de brasileiros.
A disputa pela Presidência no Brasil
se deu em segundo turno e, como resultado final, Jair Bolsonaro obteve 55,13%
dos votos, contra 44,87% de Fernando Haddad (PT).
Na noite do último domingo, após a
confirmação do resultado que o elegeu, Bolsonaro fez um discurso em sua
residência, no Rio de Janeiro, iniciando com a citação bíblica: “Conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará”.
“Nunca estive sozinho. Sempre senti a
presença de Deus e a força do povo brasileiro. Orações de homens, mulheres,
crianças, famílias inteiras que, diante da ameaça de seguirmos por um caminho
que não é o que os brasileiros desejam e merecem, colocaram o Brasil, nosso
amado Brasil, acima de tudo”, declarou o presidente eleito.
Em seguida, afirmou que seu governo
“será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”. “Isso é uma
promessa não de um partido. Não é a palavra vã de um homem. É um juramento a
Deus”, acrescentou.
Bolsonaro indicou ainda que “a
verdade vai libertar este grande país, e a liberdade vai nos transformar em uma
grande nação”. “A verdade foi o farol que nos guiou até aqui e que vai seguir
iluminando o nosso caminho”, disse.
Em seu discurso, Bolsonaro reafirmou
suas propostas quanto à economia, reformas e outros temas e indicou que “um
princípio fundamental” é a liberdade: “liberdade de ir e vir, de andar nas
ruas, em todos os lugares deste país, liberdade de empreender, liberdade
política e religiosa, liberdade de informar e ter opinião”.
O presidente eleito recordou ainda o
atentado sofrido durante a campanha eleitoral, quando levou uma facada em Juiz
de Fora (MG), o que o obrigou a passar por cirurgias.
“Mesmo no momento mais difícil desta
caminhada, quando, por obra de Deus e da equipe médica de Juiz de Fora, ganhei
uma nova certidão de nascimento, não perdemos a convicção de que juntos
poderíamos chegar a esta vitória”, afirmou.
Em um vídeo publicado em suas redes
sociais, Bolsonaro também agradeceu “a Deus que pelas mãos de médicos,
enfermeiros e demais profissionais de saúde da Santa Casa de Juiz de Fora e do
Hospital Albert Einstein, em São Paulo, operaram um verdadeiro milagre,
mantendo a minha vida”.
“Meu querido povo brasileiro, muito
obrigada pela confiança, e no momento peço a Deus mais uma vez coragem para
poder bem decidir o futuro”, disse.
Compromissos assumidos
Durante a campanha eleitoral, Jair
Bolsonaro assinou um termo de compromisso com a plataforma ‘Voto Católico
Brasil’, que foi apresentado em 17 de outubro, durante visita do então
candidato ao Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta.
Na ocasião, declarou ter assinado “um
compromisso em defesa da família, em defesa da inocência da criança na sala de
aula, em defesa da liberdade das religiões, contrário ao aborto,
contrário à legalização das drogas”.
No termo, assume “o público
compromisso de, se eleito, defender e promover” questões como “respeito à Fé
Católica”, “liberdade religiosa e combate a intolerância”.
Entre outras questões, o então
candidato se comprometeu também com “o direito pleno à Vida, desde a concepção
até a morte natural, combatendo toda lei ou decisão a favor do aborto, da
eutanásia, de pesquisas com embriões humanos e da clonagem humana”, bem como
“combate ao ativismo judicial, caracterizado pela usurpação das atribuições do
Poder Legislativo pelo Poder Judiciário”.
Sobre este último ponto, movimentos
pró-vida do país denunciaram nos últimos meses tentativas de aprovar pela via
do Supremo Tribunal Federal (STF) a aprovação da prática do aborto no Brasil.
Um desses casos denunciados pelos
pró-vida diz respeito à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
442/2017 (ADPF 442), que foi apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade
(PSOL), propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação e foi
tema de audiência pública no início de agosto no Supremo Tribunal Federal
(STF).
Fonte:
ACI Digital
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