25 DE AGOSTO DE 2018
SÁBADO DA VIGÉSIMA SEMANA
DO TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – Ez 43, 1-7a
Leitura da Profecia de Ezequiel 43,1-7a
1O homem conduziu-me até a porta da casa do Senhor que dá para o
nascente, 2e eu vi a glória do Deus de Israel, vinda do oriente; um ruído a
acompanhava, semelhante ao ruído de águas caudalosas, e a terra brilhava com a
sua glória. 3A visão era idêntica à visão que tive quando ele veio destruir a
cidade, bem como à visão que tive junto ao rio Cobar; e eu caí com o rosto no
chão. 4A glória do Senhor entrou no Templo pela porta que dá para a nascente.
5Então o espírito raptou-me e me levou para dentro do pátio interno e eu vi que
o Templo ficou cheio da glória do Senhor. 6Ouvi alguém falando-me de dentro do
Templo, enquanto o homem esteve de pé junto a mim. 7aEle me disse: 'Filho do
homem, este é o lugar do meu trono, é o lugar em que coloco a planta dos meus pés,
o lugar onde habitarei para sempre no meio dos israelitas. Palavra do Senhor.
Reflexão – “o lugar do trono de Deus”
Sabemos que toda a Palavra
que sai da boca de Deus tem o objetivo de nos formar e nos fazer descobrir os
Seus mistérios e revelações para o nosso crescimento. Mesmo falando por meio de
enigmas e se valendo de homens com suas características próprias de expressão,
Deus se comunica conosco e, se estivermos atentos, nós descobriremos, na Sua
Palavra, princípios muito simples de se apreender. Mais uma vez Ezequiel fala
da sua experiência com a visão da glória de Deus, quando o Senhor se apresentou
a ele com ruídos de águas caudalosas, e toda a terra brilhou com a Sua Luz. O
profeta diz ter sido levado em espírito para dentro do pátio interno do templo
de onde o Senhor lhe falou: “este é o lugar do meu trono, é o lugar em que
coloco a planta dos meus pés, o lugar onde habitarei para sempre”... Com
efeito, enquanto caminhamos neste mundo, nós temos a oportunidade de
experimentar Deus e a Sua glória que se manifesta de diversos modos. No
entanto, temos a visão, deturpada pela mentalidade do mundo, e só acreditamos
no que tocamos e no que vemos com os olhos físicos. Dessa forma, deixamos de
lado as revelações divinas e não conseguimos alcançar a Sua glória. As teorias
que nos foram ensinadas desde cedo nos impedem de perceber que o espiritual
também faz parte da nossa vivência terrena. A glória de Deus se revela desde
já, hoje, aqui na terra, nos momentos em que nos interiorizamos e que paramos
para perceber a Sua manifestação amorosa e gloriosa. O próprio Deus nos revela
que o templo é o lugar onde Ele pousa os Seus pés, e no qual habitará para
sempre. Se percebêssemos melhor o mundo espiritual que nos envolve, com
certeza, teríamos, também, como Ezequiel, a oportunidade de contemplar desde
agora, na condição de homens e mulheres, a gloria do céu, no templo que é o
nosso coração. O lugar do trono de Deus é o nosso coração. Ele está muito perto
de nós, acompanha os nossos passos e quer nos salvar!
– Você tem consciência do
mundo espiritual que nos envolve?
– Que Deus está no Seu coração e deseja falar
com você?
– Você tem parado para “ver a glória de Deus” se manifestar?
– Em que
essa visão de Ezequiel pode fortalecer a sua fé?
Salmo 84,9ab-10. 11-12. 13-14 (R. Cf 10b)
R. A glória do Senhor habitará em nossa terra.
9aQuero ouvir o que o Senhor irá falar:* 9bé a paz que ele vai
anunciar; 10Está perto a salvação dos que o temem, * e a glória habitará em
nossa terra.R.
11A verdade e o amor se encontrarão,* a justiça e a paz se
abraçarão; 12da terra brotará a fidelidade,* e a justiça olhará dos altos
céus.R.
13O Senhor nos dará tudo o que é bom,* e a nossa terra nos dará
suas colheitas; 14ajustiça andará na sua frente* e a salvação há de seguir os
passos seus.R.
Reflexão - Quando percebermos que a glória do Senhor habita na
terra do nosso coração, nós também veremos que a justiça e a paz se abraçarão
nos nossos relacionamentos. Que a nossa terra nos dará suas colheitas e assim
estaremos nos apossando da nossa salvação. Mas para que isto aconteça
precisamos “ouvir” o que o Senhor quer nos falar, por meio da Sua Palavra, nos
momentos de oração e de intimidade. É na oração que o Senhor nos forma e nos
educa para receber tudo o que é bom.
Evangelho – Mt 23, 1-12
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 23,1-12
Naquele tempo: 1Jesus falou às multidões e a seus discípulos: 2'Os
mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés.
3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas
ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos
ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer
com um dedo. 5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles
usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na
roupa longas franjas. 6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros
lugares nas sinagogas; 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de
serem chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre,
pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a
ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis
que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o
maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será
humilhado, e quem se humilhar será exaltado.'Palavra da Salvação.
Reflexão – “coerência de vida”
Assim como naquele tempo, hoje também há “os mestres da lei”! São
todos aqueles que se aprofundam no conhecimento da Palavra de Deus, têm a
missão de ensinar a outros e autoridade para interpretá-La. No entanto, como o
próprio Jesus nos recomenda, essa autoridade advém da vivência da Palavra e não
apenas da Sua pregação. Entretanto, sabemos que hoje também, na maioria das
vezes o que “os mestres” ensinam e pregam não é o que eles fazem. É a lei do
“faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!” Assim sendo, em qualquer
seguimento nós encontramos pessoas que perdem a sua autoridade por conta do
contratestemunho que dão. São pais e mães de famílias, professores,
governantes, padres, pastores, que se arvoram do seu posto de chefia e
pleiteiam lugares de honra, gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e
de serem reconhecidos como “mestres”, mas na verdade, vivem de fachada e não
têm coerência de vida. Podemos avaliar como “os mestres” de hoje, toda pessoa
que, de alguma forma, se considera responsável pela orientação de alguém, e
assume o compromisso de pregar a verdade e de vivê-la. No seguimento de Cristo,
então, todos nós que desejamos levar a Sua Boa Nova ao mundo, precisamos
“comer” a Palavra de Deus e digeri-La no nosso coração, a fim de que Ela seja
vida na nossa vida. O conhecimento verdadeiro da Palavra deve nos levar a viver
da mesma maneira como Jesus viveu, assimilando as Suas virtudes, e
gradativamente, nos conformando à Sua pessoa. Muitas vezes nós podemos cair no
grande erro de apregoar a Palavra de Deus, sem ter nenhum compromisso com Ela
na hora de agir. Dessa forma, estamos também “amarrando pesados fardos e os
colocando nos ombros de outros” exigindo deles algo que nós mesmos não
conseguimos fazer. As ações e as atitudes de todos os que pregam o Evangelho,
devem acompanhar as suas palavras, do contrário, haverá uma grande incoerência.
Jesus discorre de coisas bem banais, mas que dão testemunho das nossa coerência
de vida: “fazem as coisas para serem vistos pelos outros”; “cobram dos outros
aquilo que não conseguem fazer”; “gostam de chamar a atenção sobre a sua
pessoa; ” “gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas
igrejas; ”gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados
de mestre.”
- Isto tem acontecido com você?
– Existe alguma coisa que você
prega para os outros, mas não consegue deixar de fazer?
- O seu testemunho tem
sido coerente com o que você fala, prega e ensina?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um novo Caminho
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