15 DE AGOSTO DE 2018
QUARTA-FEIRA DA DÉCIMA NONA SEMANA
DO TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – Ez 9,1-7;10,18-22
Leitura da Profecia de Ezequiel 9,1-7;10,18-22
1O Senhor gritou a meus ouvidos, com voz forte: 'Aproxima-se o castigo da cidade! Cada um tenha sua arma destruidora na mão!' 2Então, eu vi seis homens vindo da porta superior, voltada para o norte, cada qual empunhando uma arma de destruição. Entre eles havia um homem vestido de linho, que levava um estojo de escriba na cintura. Eles foram colocar-se junto do altar de bronze. 3Então a glória do Deus de Israel elevou-se de cima do querubim sobre o qual estava, em direção à soleira do Templo. E chamou o homem vestido de linho, que levava um estojo de escriba à cintura. 4O Senhor disse-lhe: 'Passa pelo meio da cidade, por Jerusalém, e marca com uma cruz na testa os homens que gemem e suspiram por causa de tantos horrores que nela se praticam'. 5E escutei o que ele dizia aos outros: 'Percorrei a cidade atrás dele e matai sem dó nem piedade. 6Matai velhos, jovens e moças, mulheres e crianças, matai a todos, até ao extermínio. Mas não toqueis em nenhum homem sobre quem estiver a cruz. Começai pelo meu santuário'. E eles começaram pelos anciãos que estavam diante do Templo. 7Ele disse-lhe: 'Profanai o Templo, enchei os átrios de cadáveres. Ide.' E eles saíram para matar na cidade! 10,18Então a glória do Senhor saiu da soleira do Templo e parou sobre os querubins. 19Os querubins levantaram suas asas e elevaram-se da terra à minha vista, partindo juntamente com eles as rodas. Eles pararam à entrada da porta oriental do Templo do Senhor, e a glória do Deus de Israel estava em cima deles. 20Eram estes os seres vivos que eu tinha visto debaixo do Deus de Israel, nas margens do rio Cobar, e compreendi que eram querubins. 21Cada um tinha quatro faces e quatro asas, e debaixo das asas, uma forma de mão humana. 22Suas faces eram semelhantes às faces que eu tinha visto junto ao rio Cobar. Cada um seguia em sua frente. Palavra do Senhor.
Reflexão – “Deus é misericordioso, justo e temível”
A visualização de Ezequiel demonstra para nós que Deus é misericordioso e ao mesmo tempo justo e temível, por isso, não podemos nos acomodar nos nossos erros confiando em que a Sua misericórdia é complacente com os nossos deslizes. Antes, temos que estar vigilantes e, mesmo que passemos por lutas e tribulações, nós devemos permanecer fiéis aos seus mandamentos, para que fique bem nítida, em nós, também, a marca do sinal da Cruz. Nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, somos também marcados com o sinal da Cruz, contudo precisamos ter este sinal estampado na nossa fronte para que todos o vejam e comprovem a nossa pertença a Deus e, assim, também sejamos livres das consequências do mal que nos ronda. Uma das missões do profeta é, em nome de Deus, alertar as pessoas para que não caia sobre elas a condenação. Para isso, o Senhor concede a ele o dom de ver e escutar a fim de perceber os Seus segredos. Assim, pois, o Senhor se manifestou a Ezequiel enviando-o a profetizar sobre Jerusalém e até sobre os que O serviam no templo. A justiça de Deus começa pelos que O servem no Seu santuário. Não é porque pregamos em nome de Deus que estamos isentos da responsabilidade que temos em vista das nossas más ações e
transgressões. Pelo contrário, os que servem ao Senhor são como uma vitrine que expõe a Sua beleza e, se nos esquecermos disso, estaremos dando ao mundo um contratestemunho da ação de Deus na nossa vida.
– Você tem deixado que todos percebam que é marcado (a) com o sinal da Cruz?
– Você acha que Deus vai cobrar apenas dos outros e vai deixá-lo (a) de fora?
Salmo 112,1-2. 3-4. 5-6 (R. 4b)
R. A glória do Senhor vai além dos altos céus. Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1Louvai, louvai, ó servos do Senhor, * louvai, louvai o nome do Senhor! 2Bendito seja o nome do Senhor, * agora e por toda a eternidade!R.
3Do nascer do sol até o seu ocaso, * louvado seja o nome do Senhor! 4O Senhor está acima das nações, * sua glória vai além dos altos céus.R.
5Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono * 6e se inclina para olhar o céu e a terra?R.
Reflexão - O Senhor está sempre atento e nos olha do alto dos céus. Nenhum fato jamais passará despercebido por Ele. Do nascer ao pôr do sol todos os dias da nossa vida temos oportunidade para manifestar a nossa gratidão a Ele que nos criou nos salva e santifica. Com o nosso louvor e reconhecimento nós nos unimos à Sua glória e, com Ele nos regozijamos, pois, somos servos Seus e a Ele pertencemos
Evangelho – Mat 18, 15-20
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,15-20
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 15Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, à sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. 16Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 17Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público. 18Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. 19De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isto vos será concedido por meu Pai que está nos céus. 20Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estou ali, no meio deles.' Palavra da Salvação.
Reflexão - “solidariedade mútua”
Deus nos colocou aqui na terra como colaboradores da sua obra, por isso, temos obrigações com o nosso próximo que é criação de Deus, necessitado de salvação, de misericórdia e de compreensão. Com efeito, neste Evangelho Jesus nos convida a dar testemunho de unidade e coerência a partir da nossa oração em comum e nos convoca a uma solidariedade mútua, tanto na hora de pedir como de admoestar, a fim de que possamos ter relacionamentos saudáveis e benfazejos. Ele apela para que sejamos prudentes nos nossos julgamentos, com a consciência de que o céu é testemunha das nossas ações na terra afirmando que seremos atendidos na nossa oração em comum, quando tivermos unidade uns com os outros nas nossas reivindicações. A Sua primeira exortação é para que não condenemos ninguém somente pelas aparências, sem avaliar os seus motivos e nos ensina os passos para que possamos ajudar ao nosso irmão quando este erra. Ninguém tem direito a se omitir, muito pelo contrário, todos nós somos convidados por Deus a nos manifestar com amor a fim de esclarecer certas situações. Enquanto não tivermos a consciência do que ocorre com os nossos irmãos, não poderemos desistir deles, mesmo que seja preciso pedir o auxílio de pessoas e até mesmo da Igreja. Depois, Jesus nos dá conhecimento de que todas as nossas ações aqui na terra terão ressonância no céu. Por isso, tudo que fizermos aqui na terra terá o efeito no céu, conforme seja a nossa ação. Desse modo, Ele nos abre os olhos para enxergar que não vivemos somente para a terra e, que, aqui nós construimos a nossa morada no céu. A nossa prudência nos julgamentos se alia ao amor, ao zelo e a fraternidade, dessa forma, fazer tudo pelo bem do outro é também uma maneira de cultivar a unidade. Podemos divergir em alguns pontos, mas no que se refere às coisas de Deus devemos acertar o passo uns com os outros e entrar em sintonia com Ele. Assim sendo, Jesus nos motiva a nos reunir em Seu Nome unindo nossas súplicas pelo bem comum, na certeza de que seremos atendidos nos nossos anseios. Unidade na vida e na oração é isso o que o Senhor nos propõe, hoje.
– Você tem tido paciência com os erros dos seus (as) irmãos (ãs)?
– Como você acha que está a sua situação no céu em relação ao que tem vivido na terra?
– Qual é a primeira regra para os nossos relacionamentos?
- Você costuma se reunir com os seus (as) amigos(as) para pedir a Deus, em Nome de Jesus, alguma coisa em comum?
– Qual é o resultado dessa experiência?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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