5ª. FEIRA DA XVIII SEMANA DO
TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – Jr 31,31-34
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 31,31-34
31Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa
de Israel e a casa de Judá uma nova aliança; 32não como a aliança que fiz com
seus pais, quando os tomei pela mão para retirá-los da terra do Egito, e que
eles violaram, mas eu fiz valer a força sobre eles, diz o Senhor. 33Esta será a
aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, diz o Senhor:
imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração;
serei seu Deus e eles serão meu povo. 34Não será mais necessário ensinar seu
próximo ou seu irmão, dizendo: ‘Conhece o Senhor!’; todos me reconhecerão, do
menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais
lembrarei o seu pecado'. Palavra do Senhor.
Reflexão – “Lei de Misericórdia”
A Nova Aliança que o Senhor prometeu concluir com a casa de Israel
e a casa de Judá já foi consolidada por meio de Jesus Cristo. Portanto, os dias
vindouros a que Deus Pai se refere são os nossos dias, hoje, e a Sua Lei, já
foi impressa no nosso coração e não mais apenas na pedra, como era antigamente.
O Espírito Santo é quem sela em nós a Lei de Deus e nos ajuda a vivenciá-la.
Por isso, a profecia de Jeremias diz que não será mais necessário que ninguém
nos ensine, pois todos nós, do menor ao maior, reconheceremos o Senhor. É o
Espírito Santo quem nos revela ter chegado o tempo da Misericórdia e do Amor divino, e que o Senhor,
na Sua clemência infinita, está sempre disposto a nos oferecer uma nova chance
para assumir esta Nova Aliança. A Lei de Deus é o Amor Eterno que, gravado no
nosso coração, nos faz reconhecê-Lo em todos os momentos da nossa vida, desde
que tenhamos consciência disso. É promessa de Deus o perdão da nossa maldade e
o esquecimento dos nossos pecados. Não podemos perder esta nova chance que o Pai
nos dá. No Seu amor infinito Ele deseja salvar a todos os seus filhos e,
definitivamente, quer nos fazer vivenciar a Lei do Seu Amor, demonstrando isso
nos nossos relacionamentos familiares. Deus faz uma Nova Aliança com a nossa
família a partir de nós, por isso, quando entendemos esse mistério nós nos
tornamos cúmplices do Seu projeto de Amor para o mundo de hoje. Em todos os
dias nós temos a chance de exercitar e colocar em prática a Lei do Amor como
uma Nova Aliança de Deus conosco e com todos a quem nós muito amamos.
– Você tem aproveitado as chances que Deus lhe tem concedido?
–
Você tem acolhido o perdão e a misericórdia do Senhor?
– Você tem usado de
misericórdia também com as pessoas?
– Você já assumiu a Nova Aliança de Deus em
sua casa ou está ainda esperando dias vindouros?
Salmo 50,12-13. 14-15. 18-19 (R. 12a)
R. Ó Senhor, criai em mim, um coração que seja puro!
12Criai em mim um coração que seja puro,* dai-me de novo um
espírito decidido. 13Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,* nem retireis de
mim o vosso Santo Espírito!R.
14Dai-me de novo a alegria de ser salvo* e confirmai-me com
espírito generoso! 15Ensinarei vosso caminho aos pecadores,* e para vós se
voltarão os transviados.R.
18pois não são de vosso agrado os sacrifícios,* e, se oferto um
holocausto, o rejeitais. 19Meu sacrifício é minha alma penitente,* não
desprezeis um coração arrependido!R.
Reflexão - A experiência de salvação que o Senhor quer ter
conosco, acontece na nossa vida, dia a dia. Um coração puro e despojado, um
espírito decidido e confiante são características de quem vive desde já a
salvação de Jesus exercitando isso dentro da sua casa. Os sacrifícios e os
holocaustos são práticas do passado e não têm nenhuma validade na conjuntura
atual. Hoje, o Senhor nos pede apenas uma alma penitente e um coração
arrependido e cheio de amor. Isto nos basta para que tenhamos uma experiência
com a salvação que o Pai nos preparou em Jesus Cristo!
Evangelho – Mt 16, 13-23
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
16,13-23
Naquele tempo: 13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali
perguntou aos seus discípulos: 'Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?'
14Eles responderam: 'Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias;
Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas.' 15Então Jesus lhes
perguntou: 'E vós, quem dizeis que eu sou?' 16Simão Pedro respondeu: 'Tu és o
Messias, o Filho do Deus vivo.' 17Respondendo, Jesus lhe disse: 'Feliz és tu,
Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o
meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta
pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será
ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus.'
20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era
o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir à
Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos
mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então
Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: 'Deus não permita
tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!' 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro,
e disse: 'Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque
não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!'
Palavra da Salvação.
Reflexão - “Dentro de cada um de nós há o divino e há o humano”
Jesus precisava instruir os Seus discípulos e orientá-Los, a fim
de que pudessem estar preparados para os fatos que teriam de acontecer, quando
da sua Morte e Ressurreição, por isso, lhes perguntava: “Quem dizem os homens
ser o Filho do homem?” Diante das diversas conjecturas que as pessoas faziam
sobre si, Jesus, então, indagou novamente a eles: “E vós, quem dizeis que eu
sou?” Com essa inquirição, Jesus instigava os Seus seguidores a perceberem a
Sua verdadeira identidade e missão. Simão Pedro, por duas vezes, foi quem se
manifestou mediante as perguntas de Jesus. Na primeira ocasião, inspirado pelo
Espírito Santo, proclamou a verdadeira identidade de Jesus e foi considerado
feliz, por ter escutado do próprio Deus Pai, esta revelação. Por isso, Jesus
deu a ele a Missão de dirigir a Sua Igreja entregando-lhe as chaves do reino
dos céus, com o poder de ligar e desligar também no céu, tudo o que fosse por
ele ligado e desligado na terra. Na segunda ocasião, raciocinando conforme a
sua humanidade, Pedro demonstrou a sua fraqueza quando não quis admitir o
sofrimento pelo qual Jesus teria de passar e foi repreendido. O mesmo Pedro a
quem Jesus entregara as chaves do reino dos céus e a quem constituíra como
fundamento da Sua Igreja foi, então, mandado para longe, como satanás e pedra
de tropeço. Diante desse quadro, percebemos também a nossa fragilidade humana e
como estamos sujeitos (as) a escorregar, pelas nossas próprias palavras e
ideias. Às vezes, inspirados pelo Espírito, nós pensamos e falamos as coisas de
Deus. Em outras ocasiões, nós somos pedra de tropeço e damos contratestemunho
de Deus diante dos homens. Dentro de cada um de nós há o divino e há o humano.
O nosso homem velho está sempre querendo destronar o homem novo renascido do
Espírito Santo. Porém, Jesus também conhece a matéria da qual somos feitos e,
mesmo diante das nossas fraquezas e imperfeições Ele continua a nos confiar a
missão de construir o Seu reino aqui na terra. As nossas atitudes às vezes são
motivadas pelo Espírito Santo, em outras, pela nossa própria natureza
corrompida pelo pecado, por isso, perdemos a sintonia com Deus e o Seu
Espírito.
– Isto também acontece com você?
- Procure recordar algum
acontecimento em que você foi ambíguo (a) e pergunte ao Espírito Santo como
poderá agir, agora, que tem consciência disto?
- Quem é Jesus para você?
- Você
já percebeu que tudo quanto você fizer na terra terá repercussão no céu?
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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