
A primeira “prova” baseia-se no princípio da causalidade. Pelos efeitos que constatamos, chegamos à causa. Onde há um efeito deve haver uma causa. Como exemplo, vamos examinar uma árvore: das folhas passamos aos ramos, ao tronco, descemos às raízes, chegamos à semente. E, na semente, quem colocou a árvore em potencial, a vida? Nada pode ser a causa de si mesmo porque a causa é sempre maior do que o efeito. Assim chegaremos à primeira causa que não foi causada. Alguém?
A segunda “prova” fundamenta-se no princípio de movimento. Todo movimento supõe um primeiro impulso, alguém que, lá no começo, deu o primeiro empurrão. Alguém?
A terceira “prova” apela pare a o conceito de contingência. O ser contingente, isto é, transitório, que pode existir ou não existir, supõe o ser necessário, subsistente ao existente. O contingente, o que pode “não ser”, só se explica se existir o que não pode “não ser”. Em outras palavras, o relativo não existe sem o absoluto ou o necessário. Este absoluto pode ser Deus?
A quarta “prova” talvez possa ser chamada a prova da ordem na natureza. O homem percebe que há uma organização no Cosmo, desde a movimentação das estrelas e planetas, até a organização encontrada nas plantas, nos corpos dos seres vivos, nas estações e na natureza em geral. Há realmente uma tendência inata nos seres para uma ordem e uma organização. Assim, o homem chega a concluir pela existência de uma inteligência que organizou e comanda essa organização toda. Esta suprema inteligência pode ser Deus?
A quinta “prova” é interessante. O homem dotado de inteligências e liberdade percebe em si uma “lei interior” que sempre o adverte da moralidade de seus atos ou, em outras palavras, uma consciência moral. O homem percebe a existência e necessidade de uma sanção moral que recompensa o bem e pune o mal. Assim ele conclui que existe um legislador dessa lei moral, essa consciência. Alguém deve ser a Lei Suprema.
Assim, através de sua inteligência e da filosofia, o homem pode verificar vários atributos de Deus como: a onipotência, a onisciência, a eternidade, a bondade etc. Entretanto estas “provas” não são empíricas ou científicas e não são suficientes para a crença em Deus. O dom da fé é um dom gratuito, iluminado pela revelação provem da graça divina e é concedido por Deus aos seus escolhidos. “Se a pesquisa metódica, em todas as ciências, procede de maneira verdadeiramente científica, segunda as leis morais, na realidade nunca serão opostas a fé” (cf. CIC, No.159).
Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista.
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