domingo, 12 de agosto de 2018

PAPA FRANCISCO AOS JOVENS ITALIANOS: CAMINHAR JUNTOS TORNA-NOS UM POVO, O POVO DE DEUS




“Então, não tenhamos medo! Não tomemos distância dos lugares de sofrimento, de derrota, de morte. Jesus, venceu a morte e nos deu a vida, nos envia pelo mundo para anunciar a Boa Notícia aos nossos irmãos."
Manuel Tavares - Cidade do Vaticano
O Santo Padre deixou a Casa Santa Marta na tarde deste sábado (11/8), e dirigiu-se ao Circo Máximo, no centro de Roma, para o encontro com os jovens italianos.
Cerca de 40 mil jovens italianos fizeram, nestes dias, uma peregrinação a Roma, intitulada “Por mil estradas”, para encontrar o Papa Francisco, em vista do próximo Sínodo dos Bispos sobre os Jovens.
O encontro de Francisco com a "Caravana da esperança", realiza-se em duas etapas:
●     neste sábado, 11, no Circo Máximo de Roma: Vigília de Oração, com cantos, reflexões e momentos de oração;
●     amanhã, domingo, 12, na Praça São Pedro: “Envio” dos jovens missionários, bênção da estátua de Nossa Senhora de Loreto e do Crucifico, símbolos das JMJ, e Oração mariana do Angelus.
A primeira etapa, neste sábado: O Santo Padre foi aguardado por cerca de 70 mil jovens, provenientes de quase 200 dioceses, acompanhados por seus respectivos Bispos e sacerdotes.
Ao chegar ao Circo Máximo, em pleno centro de Roma e perto do Coliseu, o Papa foi acolhido, com entusiasmo e com cantos, pelos milhares de jovens, passando entre a multidão com o papamóvel. Ao ser saudado no palco por uma jovem, recebeu de presente uma férula talhada em madeira, respondendo a seguir às perguntas de alguns jovens. Após este primeiro momento, teve início o encontro de oração, entremeado por cânticos, leituras e reflexões.
A mensagem do Papa aos jovens

O Santo Padre concluiu seu encontro com os jovens,  dirigindo a eles algumas palavras:
Antes de tudo, o Papa recordou a peregrinação a pé dos jovens, que, por diversas estradas, passaram por cidades e povoados, respirando as alegrias e as dificuldades, a vida e a fé do povo italiano, até chegarem a Roma.
Depois, citando o Evangelho da Vigília de Oração, Francisco meditou sobre os discípulos, que, informados pelas mulheres sobre a ressurreição de Jesus, foram às pressas ao sepulcro do Mestre.
Temos tantos motivos para correr em nossa vida, disse o Papa, devido à vida frenética e o pouco tempo que nos resta. Mas, às vezes, temos pressa, sobretudo, diante de um acontecimento novo, bonito ou interessante, ou então, para fugir de uma ameaça ou perigo.
Os discípulos foram às pressas ao túmulo de Jesus por receberem a notícia de que o corpo do Mestre não estava mais no sepulcro. Nestes acendeu-se a chama da esperança de rever o Senhor. Quem correu mais foi João, o mais jovem e o discípulo amado por Jesus. Desde então, disse o Papa, a história mudou:
A hora, em que a morte parecia triunfar, na verdade, se revela a hora da sua derrota. Nem mesmo aquela pedra maciça, colocada diante da sepulcro, resistiu. Assim, desde aquela manhã, todos os lugares, onde a vida é oprimida, onde domina a violência, a guerra, a miséria, e onde o homem é espezinhado e humilhado, se acende a chama da esperança e da vida”.
“Quantos sepulcros hoje esperam pela nossa visita! Quantas pessoas feridas, mesmo jovens, sigilaram o seu sofrimento colocando uma pedra em cima”.
Por isso, dirigindo-se aos jovens presentes, Francisco disse “sentir o palpitar dos seus corações” como aqueles dos discípulos; expressou sua participação na sua romaria, pelas estradas da Itália e nas suas aspirações, impulsionados pelo Espírito, que anima seus sonhos juvenis. Assim, exortou-os a arriscar, com audácia, para contribuir com a construção do Reino de Jesus na terra, por uma humanidade mais fraterna. E o Papa ponderou:
A Igreja precisa do seu impulso, das suas intuições, da sua fé. Caminhando juntos, nestes dias, vocês perceberam quando custa estar ao lado de um irmão ou uma irmã, mas também quanta alegria! Caminhar juntos torna-nos um povo, o Povo de Deus”.
Os discípulos, ao entrar no túmulo vazio, “viram e creram”, afirmou o Papa; devemos “ver e crer”, nos sinais dos tempos, o rosto invisível de Deus, revelado por Cristo.
Por fim, Francisco afirmou o seguinte recado aos jovens: “Não devemos temer o túmulo vazio, porque nele resplandece a vitória da vida sobre a morte. Jesus não é um herói imune da morte, mas aquele que a transforma com o dom da vida... a morte não tem nenhum poder sobre Ele”. E o Papa concluiu:
Então, não tenhamos medo! Não tomemos distância dos lugares de sofrimento, de derrota, de morte. Jesus, venceu a morte e nos deu a vida, nos envia pelo mundo para anunciar a Boa Notícia aos nossos irmãos. Assim, a nossa vida se torna uma corrida alegre e esperançosa rumo a Jesus e aos irmãos”.
Ao término da Vigília de Oração, o Santo Padre retornou ao Vaticano. Por sua vez, os jovens romeiros continuaram sua festa, com testemunhos pessoais, música e cantos, abrilhantados pela participação de artistas e cantores famosos da Itália.
Enfim, como coroação da primeira etapa da sua peregrinação a Roma, os jovens participaram da iniciativa intitulada “Noite Branca”.
Durante toda a noite, 19 igrejas da Cidade Eterna ficaram abertas para acolher os jovens, que queriam passar momentos de oração, adoração Eucarística, cultura e espiritualidade e participar do sacramento da Reconciliação.
A segunda do encontro do Papa com os Jovens da Itália, ocorre neste domingo, 12, na Praça São Pedro, onde a juventude italiana participará da Santa Missa, presidida pelo Cardeal Gualtiero Bassetti, Presidente do Episcopado Italiano.

Fonte: Vatican News

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