21 DE JULHO DE 2018
SÁBADO DA XV SEMANA DO
TEMPPO COMUM
Cor: Verde
1ª Leitura - Mq 2,1-5
Leitura da Profecia de
Miquéias 2,1-5
1Ai dos que tramam a iniquidade e se ocupam de maldades ainda em
seus leitos! Ao amanhecer do dia, executam tudo o que está em poder de suas
mãos. 2Cobiçam campos, e tomam-nos com violência, cobiçam casas, e roubam-nas.
Oprimem o dono e sua casa, o proprietário e seus bens. 3Isto diz o Senhor: 'Eis
que tenciono enviar sobre esta geração perversa uma desgraça de onde não
livrareis vossos pescoços; não podereis andar de cabeça erguida, porque serão
tempos desastrosos. 4Naquele dia, sereis assunto de uma alegoria, de uma canção
triste que diz: 'Fomos inteiramente devastados; a parte de meu povo que passou
a outro por ninguém lhe será restituída; os nossos campos são repartidos entre
infiéis. ` 5Por isso, não terás na assembleia do Senhor quem meça com cordel as
porções consignadas por sorte.' Palavra do Senhor.
Reflexão - “consequências
das más ações”
Os sentimentos que cultivamos no coração, dependendo dos seus
atributos, fomentam as nossas ações, boas ou más. O que nós pensamos,
imaginamos e,obstinadamente buscamos, torna-se realidade de acordo com a nossa
persistência. A ambição e a cobiça são anseios que têm origem a partir dos
nossos pensamentos e desejos humanos. O profeta fala do homem ou da mulher que
trama a iniquidade e se ocupa da maldade ainda em seu leito, isto é, quando
está deitado (a), pensativo (a), durante a noite, a sós. Tudo o que quer, acaba
por conseguir, porém o resultado é desastroso e as consequências são, na
maioria das vezes, funestas e devastadoras. Isto, nós podemos comprovar quando
vemos os fatos e ouvimos as notícias dos telejornais diários: prisões,
denúncias, escândalos, humilhação para alguém que não procedeu bem, que
maquinou contra o próximo, que cometeu crimes contra o erário. Talvez nunca
tenham parado também para imaginar e pensar que o “feitiço voltaria contra o
feiticeiro”. Mas esta é a regra natural: tudo o que nós plantamos, colhemos. A
Palavra de Deus é uma fonte de ensinamento para que possamos caminhar com
firmeza e não tropeçar nem deslizar nas nossas próprias ações. E todos nós que
meditamos nos preceitos do Senhor só cairemos nas armadilhas de satanás se
quisermos, isto é, por opção nossa. Temos os profetas, a Lei e o próprio Deus
que veio nos ensinar a ser feliz. Todavia, se preferirmos nos aventurar,
poderemos ver ruir até o que construímos com sacrifícios.
– Você
acha que compensa ao homem enriquecer mesmo que seja de qualquer jeito?– O que importa para você: muito dinheiro no banco correndo risco ou uma consciência tranquila sem nada amealhado?
– Você tem acompanhado pelos jornais os acontecimentos a que se refere o profeta Miquéias?
Salmo - Sl 9 B
(10),22-23.24-25. 28-29. 35 (R.12b)
R. O Senhor não se esquece
do clamor dos aflitos.
22Ó Senhor, por que ficais assim tão longe, * e, no tempo da
aflição, vos escondeis, 23enquanto o pecador se ensoberbece, * o pobre sofre e
cai no laço do malvado?R. 24O ímpio se gloria em seus excessos, * blasfema o
avarento e vos despreza; 25em seu orgulho ele diz: 'Não há castigo! * Deus não
existe!'R. 28Só há maldade e violência em sua boca, * em sua língua, só mentira
e falsidade. 29Arma emboscadas nas saídas das aldeias, * mata inocentes em
lugares escondidos.R. 35Vós, porém, vedes a dor e o sofrimento, * vós olhais e
tomais tudo em vossas mãos! A vós o pobre se abandona confiante, * sois dos
órfãos vigilante protetor.R.
Reflexão - Aparentemente, o ímpio tem sucesso e dá
mostras de uma vida promissora e se gloria dos seus excessos. Não reconhece a
Deus nem teme pelas suas transgressões. No entanto, todos os que enriquecem por
meios ilícitos sofrem a aflição e caem na miséria. O salmista descreve a
situação dos dois e comprova que o Senhor ver a dor e o sofrimento do pobre que
é honesto e se abandona confiante à proteção divina.
Evangelho - Mt 12,14-21
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
12,14-21
Naquele tempo: 14Os fariseus saíram e fizeram um plano para matar
Jesus. 15Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e
ele curou a todos. 16E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, 17para se
cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 18'Eis o meu servo, que escolhi; o
meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e
ele anunciará às nações o direito. 19Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém
ouvirá a sua voz nas praças. 20Não quebrará o caniço rachado, nem apagará o
pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. 21Em seu nome as
nações depositarão a sua esperança.' Palavra
da Salvação.
Em Jesus as profecias se cumpriram e o Antigo Testamento é um
prenúncio da missão de Jesus, Redentor dos homens. Por isso, Ele próprio
reconhecia os acontecimentos que lhe eram desfavoráveis como provas de que a
vontade de Deus estava se realizando conforme as Escrituras. Até o fato de ser
perseguido e de ser objeto da ira dos fariseus que não entendiam as
manifestações dos Seus milagres e prodígios no meio das multidões, davam-lhe o
entendimento de que tudo caminhava assim como fora anunciado pelos profetas.
Ele então, se reportava às Escrituras e falava dele mesmo dizendo: “Ele não
discutirá nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças”. Jesus tinha
plena consciência de que seria rejeitado pelos homens e que teria que passar
pelo sofrimento por causa dos seus pecados. Porém, Ele esclarecia, denunciava e
anunciava o reino de amor revelando ao mundo a Face de Deus Pai. Assim nós
também precisamos entender quando formos perseguidos e humilhados no seguimento
de Cristo. O servo de Deus é perseguido, mas não desiste da sua missão. Os
sofrimentos e as perseguições por causa do reino de Deus são para nós sinais de
que estamos fazendo a vontade do Pai. Por isso, não precisamos reagir nem
tampouco nos ofender e discutir. Muito pelo contrário, devemos colocar a nossa
esperança e cultivar o ardor e o entusiasmo, porque estamos sendo soldados de
Cristo. Mesmo injustiçado Jesus não desistia de prosseguir o Seu caminho para
conquistar a salvação da humanidade.
– E você como tem enfrentado as dificuldades de ser um cristão autêntico?
– Você costuma discutir com as pessoas que ainda não conhecem o caminho, a verdade e a vida?
– Em quem você tem colocado a sua esperança?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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