domingo, 22 de julho de 2018

REFLETINDO SOBRE O EVANGEHO


Marcos 6,30-34

DÉCIMO SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO A

O evangelho refletido hoje é de Marcos 6,30-34. Fazendo uma leitura rápida deste evangelho vamos encontrar alguns pontos que orientarão a nossa reflexão: 1ª) a avaliação da missão; 2ª) convite a um retiro espiritual; 3ª) uma multidão O segue; 4ª) Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão porque eram como ovelhas sem pastor.
De uma forma concisa, o evangelho de hoje apresenta-nos um “flash” do dia-a-dia de Jesus, oferecendo pistas para a vivência do cotidiano dos cristãos. Não se trata de imitar, na sua materialidade, a prática de Jesus. E sim, inspirar-se nos valores que motivam sua ação. A vida de Jesus definia-se como um contínuo servir. Os traços fundamentais da ação de Jesus eram compaixão e misericórdia. O contato com o ser humano sofredor tocava-lhe o mais fundo do coração. Jamais se mostrava impassivo, guardava distância ou fugia diante do sofredor. Nem lhe fazia falsas promessas, ou lhes dirigia palavras ilusórias. Seu coração misericordioso levava-o a acolher a pessoa carente e sarar suas feridas.
O zelo de Jesus não tinha limites. Ele não atendia as pessoas com hora marcada e às pressas. Não marcava o número de necessitados a quem acolher. Todo ser humano, a qualquer momento, podia estar certo de ser objetivo da acolhida bondosa do Mestre. A intensidade da ação de Jesus podia fazê-lo cair num ativismo descontrolado. Essa situação poderia contaminar os discípulos. Para evitar tais situações, Jesus tinha o costume de retirar-se à parte com seus discípulos, para repousar das fadigas da missão. Era o momento da convivência fraterna, da partilha de experiências e de mútuo estímulo. Jesus, por sua vez, dedicava longos espaços de tempo à oração, sobretudo à noite. Tempo de revigorar as forças na intimidade com o Pai.
Mensagem: Diante da preocupação que Jesus tinha para com suas ovelhas, percebemos o jeito de Jesus fazer “pastoral”. Essa pastoral tinha dois momentos: o cuidado das multidões e a formação dos apóstolos que haviam retornado de sua missão. Nesta atitude de Jesus para com as ovelhas ainda aparecem dois elementos aparentemente antagônicos: 1º) a força – Jesus levava seu cajado para defender dos assaltantes e lobos as ovelhas. 2º) a ternura – Ele oferece carinho, cuidado a cada uma das ovelhas. Diante disso refletimos que a ternura e o amor de Cristo-Pastor são as armas mais simples e ao mesmo tempo poderosas para mudar o mundo em que vivemos. Que o Cristo Pastor da humanidade nos ensine a ser servos do Rebanho e nunca donos e impostores.   

Pe. Raimundo Neto

Pároco de São Vicente

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