O
Papa Francisco convida a prosseguir o diálogo, após as agressões sofridas por
três bispos na última segunda-feira. O país é palco de greves e manifestações
desde abril.
Cidade do Vaticano
O arcebispo de Manágua, cardeal
Leopoldo Brenes, falou à TV2000 dos bispos italianos depois das agressões
sofridas na última segunda-feira por ele e pelo núncio apostólico Dom Waldemar
Stanislaw Sommertag, o bispo auxiliar de Manágua, Dom Silvio Baez e Dom Miguel
Mantica, por parte de ativistas próximos ao governo Ortega.
Os atos de violência ocorreram quando
os prelados foram expressar sua proximidade a uma comunidade eclesial na cidade
de Diriamba, pelas quatro mortes de seus membros ocorridas durante manifestações
contra o governo.
"O diálogo - disse o cardeal
Brenes - é a única maneira de chegar à pacificação do país. O Papa nos encoraja
a continuar com o trabalho de diálogo, a manter a unidade da Conferência
Episcopal e estar próximos a nossa população em seu sofrimento. Ele oferece a
sua oração para que possamos continuar nossa missão".
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11/07/2018
"Humanamente - disse o purpurado
- temos medo, mas o acompanhamento de nossos sacerdotes através da oração é uma
força constante para nós".
O núncio na Nicarágua, Dom Waldemar
Stanislaw Sommertag, disse que o Papa Francisco está "muito
preocupado" com o ato de agressão contra os três bispos ocorrido na última
segunda-feira e pede "que sejam respeitados os direitos humanos" de
todos, não só dos bispos." “Nós deixamos de lado as ameaças e confiamos em
Deus, que é o Senhor da história, da vida e de cada um de nós."
Hoje é o terceiro dia de uma greve
geral convocada pela oposição para exigir a renúncia do presidente Ortega.
Ontem houve novos confrontos. Os Estados Unidos estão trabalhando com outros
países americanos para se encontrar uma resolução a ser apresentada à OEA, para
solicitar ao Presidente Ortega um calendário que leve o país a novas eleições
em breve. Ortega disse que vai permanecer no cargo até 2021.
São
mais de 300 os mortos desde o início dos confrontos em meados de abril.
Fonte: Vatican News
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