Logo CNBB. Imagem: Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (www.cnbb.org.br)
BRASILIA, 18 Jul. 18 / 06:00 am (ACI).- Os Prelado do
Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) publicaram uma nota de repúdio ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra
ações que buscam descriminalizar o aborto no
país.
A nota, datada de 16 de julho, festa
de Nossa Senhora do
Carmo, se refere à Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) 442, que foi proposta pelo Partido Socialismo e Liberdade
(PSOL) a fim de permitir a realização do aborto no Sistema Único de Saúde (SUS)
até 12 semanas de gestação, bastando apenas o consentimento da gestante.
A relatora do caso no STF, ministra
Rosa Weber, convocou para o dia 6 de agosto uma audiência pública que vai
discutir essa questão.
Na nota assinada pela presidência do
Regional Sul 3 da CNBB, os Bispos repudiam “atitudes antidemocráticas que,
atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma
função que não lhe cabe, que é legislar”.
“As instâncias de uma democracia
solidamente constituída têm como tarefa primordial a defesa e promoção dos
direitos humanos, tutelando o valor maior que é o direito à vida. Uma consolidada
democracia não pode rejeitar a dignidade de todos os seres humanos”,
acrescentam.
Por isso, os bispos convocam as
“comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades
pelo respeito da dignidade integral da vida humana”.
Rogam ainda ao STF “a defesa da vida
desde a concepção até o seu ocaso natural e a garantia das prerrogativas do
Congresso Nacional como a instância legitimada para regular a matéria”.
Ao manifestar seu repudio à ADPF 442,
os Bispos reiteram os argumentos apresentados pela CNBB em nota de 11 de abril
de 2017.
Assim, defendem “a integralidade,
inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte
natural”, condenando “todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o
aborto no Brasil”.
“O debate em torno dessa questão deve
estar primordialmente marcado por um grito amoroso em favor da vida. No
entanto, o que, infelizmente, se percebe é um grito necrófilo de morte à vida e
sua originalidade”, lamentam.
Em seguida, reconhecem “a dignidade
das mulheres” e expressam apoio a “toda superação da violência e da
discriminação por elas sofridas”. Entretanto, reforçam, “aborto jamais pode ser
considerado um direito da mulher ou do homem, sobre a vida do nascituro”.
Os Prelados recordam que “o direito à
vida é o mais fundamental dos direitos”, por isso, afirmam, “deve ser protegido
e promovido”, pois “é um direito intrínseco à condição humana e não uma
concessão do Estado”.
Assim, ao sublinhar que os “Poderes
da República têm obrigação” de garantir e proteger a vida, lembram o projeto de
lei 478/2007, conhecido como “Estatuto do Nascituro”, que tramita no Congresso
Nacional e busca garantir “o direito à vida desde a concepção”.
Este projeto de lei, defendem, “deve
ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado”.
Além disso, os Prelados manifestam
seu apoio a “um combate as causas do aborto, através da implementação e do
aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos
campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas
localidades mais pobres do Brasil”.
Também “espera-se do Estado maior
investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças”,
indicam.
Diante de tais argumentos, os Bispos
do Regional Sul 3 concluem que “o aborto não é uma conquista, mas é um drama
social que corrói as mesmas raízes da convivência humana”.
Para ler a nota dos bispos na
íntegra, acesse:
http://cnbbsul3.org.br/nota-de-repudio-do-regional-sul-3-cnbb-ao-supremo-tribunal-federal-contra-intento-de-descriminalizar-o-aborto.html
http://cnbbsul3.org.br/nota-de-repudio-do-regional-sul-3-cnbb-ao-supremo-tribunal-federal-contra-intento-de-descriminalizar-o-aborto.html
Fonte:
ACI Digital
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