sexta-feira, 29 de junho de 2018

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE


29 DE JUNHO DE 2018

6ª. FEIRA DA 12ª. SEMANA DO

TEMPO COMUM


Cor: Verde

1ª Leitura - 2Rs 25,1-12


Leitura do Segundo Livro dos Reis 25,1-12
1No nono ano do reinado de Sedecias, no dia dez do décimo mês,
Nobucodonosor, rei da Babilônia, veio atacar Jerusalém com todo o seu exército. Puseram-lhe um cerco e construíram torres de assalto ao seu redor. 2A cidade ficou sitiada e rodeada de valas
até ao décimo primeiro ano do reinado de Sedecias. 3No dia nove do quarto mês, quando a fome se agravava na cidade e a população não tinha mais o que comer, 4abriram uma brecha na muralha da cidade. Então o rei fugiu de noite, com todos os guerreiros, pela porta entre os dois muros, perto do jardim real,
se bem que os caldeus cercavam a cidade, e seguiram pela estrada que conduz à Araba. 5Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei
e alcançou-o na planície de Jericó, enquanto todo o seu exército se dispersou e o abandonou. 6Os caldeus prenderam o rei e levaram-no a Rebla, à presença do rei da Babilônia, que pronunciou sentença contra ele. 7Matou os filhos de Sedecias, na sua presença, vasou-lhe os olhos e, preso com uma corrente de bronze, levou-o para a Babilônia. 8No dia sete do quinto mês,
data que corresponde ao ano dezenove do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nabuzardã, comandante da guarda e oficial do rei da Babilônia, fez a sua entrada em Jerusalém. 9Ele incendiou o templo do Senhor e o palácio do rei
e entregou às chamas todas as casas e os edifícios de Jerusalém.
10Todo o exército dos caldeus, que acompanhava o comandante da guarda, destruiu as muralhas que rodeavam Jerusalém.
11Nabuzardã, comandante da guarda, exilou o resto da população
que tinha ficado na cidade, os desertores que se tinham passado ao rei da Babilônia e o resto do povo. 12E, dos pobres do país,
o comandante da guarda deixou uma parte, como vinhateiros e agricultores. Palavra do Senhor. 

Reflexão – “Tempo de cativeiro”
Foi um tempo marcante para o povo de Israel e, por mais que eles tentassem fugir do cerco de Nabucodonosor, mais ele impunha o seu poderio. Jerusalém chega ao extremo da perseguição! O povo já não tinha forças para lutar e Nabucodonosor completava a sua ação levando ao cativeiro quase todo o resto da povoação, deixando apenas os vinhateiros e os agricultores.   Até o templo de Jerusalém foi incendiado e o palácio do rei foi entregue às chamas e, praticamente, eles perderam tudo. Hoje, para acolher a mensagem desta palavra nós podemos nos colocar no lugar de Jerusalém e refletir sobre os momentos da nossa vida em que somos de alguma forma, acossados (as), perseguidos (as), pelas coisas, pessoas e acontecimentos, que aparentemente, exercem influência sobre a nossa sorte. Perdemos o que de mais caro possuíamos e ficamos praticamente no nosso corpo.  Porém, como em Jerusalém foram deixados apenas os vinhateiros e os agricultores, dentro de nós restam, também, os nossos dons, os nossos talentos, a capacidade que está inserida na nossa alma e que ninguém pode usurpar. Mas, principalmente, restam-nos a fé, a esperança e o grande dom de Deus, o Espírito Santo.
Hoje nós sabemos que o tempo do cativeiro foi um tempo rico para o povo de Israel. Por isso, estamos seguros de que crescemos no tempo do exílio quando pomos em prática e testamos a nossa fé e a nossa confiança Naquele que pode derrotar o “Nabucodonosor” da nossa vida.- Você também já perdeu algo que não valorizou e que hoje lembra com saudade? – Como você reage quanto a isto diante do Senhor: com humildade ou com revolta? – Mesmo assim você tem exercitado os dons que possui? 

Salmo - Sl 136,1-2. 3. 4-5. 6 (R. 6a)


R. Que se prenda a minha língua ao céu da boca,
se de ti Jerusalém, eu me esquecer!

1Junto aos rios da Babilônia
nos sentávamos chorando,*
com saudades de Sião.
2Nos salgueiros por ali*
penduramos nossas harpas.R.

3Pois foi lá que os opressores*
nos pediram nossos cânticos;
nossos guardas exigiam*
alegria na tristeza:
'Cantai hoje para nós*
algum canto de Sião!'R.

4Como havemos de cantar
os cantares do Senhor*
numa terra estrangeira?
5Se de ti, Jerusalém,
algum dia eu me esquecer,*
que resseque a minha mão!R.

Reflexão - O salmo retrata a lamentação do povo de Israel que sentia na carne o tempo que perdera e, agora, voltava o seu coração para o Senhor e para a terra que lhe havia sido tirada. Assim, em terra estrangeira o povo lamentava: “junto aos rios da Babilônia nos sentávamos chorando com saudades de Sião.” Será que isto também acontece conosco? Quantas vezes temos tudo nas mãos, e não damos o devido valor ao que possuímos. Só quando perdemos é que temos a consciência de que tudo que antes nós não valorizávamos é o que hoje tem realmente valor para nós. Todavia todas as coisas que nos acontecem, têm um sentido diante do plano do Senhor. Deus espera pela nossa oração, pelo nosso pedido. Ele sabe que precisamos de humildade para caminhar   e ser  como Ele, perfeitos e santos  

Evangelho - Mt 8,1-4


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,1-4
1Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam.
2Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: 'Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.'
3Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: 'Eu quero, fica limpo.'
No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra. 4Então Jesus lhe disse: 'Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles.' Palavra da Salvação. 

Reflexão – “a cura da nossa lepra
Hoje, também, Jesus continua estendendo a mão para nos tocar e curar as nossas impurezas purificando a nossa alma dos males que nos afetam.   Hoje, também, como aquele leproso, nós podemos nos dirigir a ele e pedir que cure a nossa lepra “Senhor, se queres, tu tens poder de me purificar”. Ele está sempre atento às nossas necessidades e, com certeza, conhece todas as nossas carências, tem um plano para realizar na nossa vida e, na hora devida, atenderá às nossas reivindicações. A vontade de Deus para nós é sempre o bem e a felicidade e, com efeito, sempre irá querer para nós tudo o que nos fará felizes. A lepra representa o pecado que nos desarmoniza com Deus, conosco e também com o nosso próximo. Deus nos perdoa de acordo com o nosso coração, mas é preciso que demos o testemunho indo cumprir o que Jesus mandou: “mas vai mostrar-te ao sacerdote...” Em primeiro lugar o Senhor nos deseja purificar e extirpar de nós a raiz do nosso pecado. Na medida em que nos humilhamos e pedimos confiantes a cura do nosso coração Deus também vai realizando em nós uma obra de purificação. O ir ao sacerdote é uma forma de expressar humildade e obediência à palavra do Senhor confessando as nossas faltas e reconhecendo o nosso estado de pecador.  – O que você entende por: “vai mostrar-te ao sacerdote”? – Para você o que significa a confissão dos pecados? Você acha que precisa humilhar-se diante de Deus e dos homens para conseguir alguma coisa?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho



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