Marcos 2,23-3,6
NONO DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO B
O evangelho de hoje (Mc. 2,23-3,6) mostra-nos novamente o conflito entre os fariseus e os doutores da lei e Jesus, em relação ao sábado – o dia do Senhor. Eles transformaram o sábado em uma série minuciosa e pesada carga de prescrições e proibições. O tratado do talmude sobre o sábado havia catalogado 39 tipos de serviços proibidos nesse dia, inclusive o de preparar a comida. Segundo o livro dos jubileus, as transgressões das leis referentes ao sábado podiam acabar em pena de morte. Essas prescrições e proibições do sábado tornaram-se sinal de uma nova escravidão, a de um culto formalista e exterior. Mas Jesus vem corrigir todas essas inúteis opressões e prescrições. Ele não se coloca contra o sábado eliminando-lhe o sentido. Observa o sábado, mas vai diretamente ao essencial afirmando duas ideias:
- O primado da misericórdia sobre as exigências culturais e as prescrições relativas ao repouso sabático (cura do homem da mão paralítica); o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.
- O primeiro da consciência sobre a lei. A vida acima de tudo, o amor sobre a lei.
Jesus escolhe de preferência o sábado, o dia para se fazer o bem. Toda e qualquer lei deve estar abaixo do homem. Para Jesus, nenhuma lei, por mais sagrada que seja, é absoluta. O novo, trazido por Jesus, contém uma lei que desmonta a lei preservada pelo velho: Todo projeto de Deus é em função do homem. No caso concreto das espigas, Jesus ensina que nenhuma lei pode impedir que a pessoa faminta encontre meios para se alimentar.
Mensagem: Deus quer fazer o bem a todos, até mesmo àqueles que não pertencem à nossa região. Resgatar o sentido do domingo , dia da alegria, festa, repouso,oração. Dia de fazer o bem a alguma pessoa que se encontra na solidão ou no vazio existencial. Dia para visitar uma pessoa ou convidá-la para um almoço, jantar, ou chá e lhe devolver a alegria de viver e ser feliz.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente
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