A
convocação veio do papa Francisco: se unirem para intensificar os esforços e
consolidar ainda mais o compromisso na construção de uma cultura do encontro.
Foi com esse chamado que as pastorais e organismos vinculados à Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que atuam com a causa migratória
prepararam a 33ª Semana Nacional do
Migrante, que acontece de 17 a 24 de junho em todo o país, com o tema “A vida é feita de encontros” e o lema “Braços abertos sem medo para
acolher!”.
Além das
pastorais e organismos da CNBB, outras instituições ligadas ao atendimento e
acompanhamento de migrantes e refugiados colaboraram com o Serviço Pastoral do
Migrante e a Cáritas Brasileira nesta ocasião.
O bispo de Pesqueira e referencial do Setor
Pastoral da Mobilidade Humana da CNBB, dom José Luiz Ferreira Sales,
considera que, para a Igreja, é muito importante reforçar os direitos dos
migrantes, refugiados e das diversas categorias migratórias: “Esse dever-desafio
encontra sentido quando denunciamos, por exemplo, o trabalho escravo e o
tráfico de pessoas, uma vez que, não podemos, em hipótese alguma, permitir tais
violações”.
O
objetivo é promover a “cultura do encontro”, tão motivada pelo papa Francisco,
“fazendo crescer os espaços e as oportunidades para que os imigrantes e as
comunidades locais possam se reunir, dialogar e passar à ação”, de acordo com a
proposta divulgada.
A edição deste ano está em sintonia com a campanha
mundial da Cáritas “Compartilhe a viagem”,
dedicada à sensibilização e à informação sobre imigração e refúgio. “O convite
é para ir ao encontro, como gesto natural dos crentes que vivem uma fé Igreja
em saída, para abraçar, escutar, apoiar, dar a mão, compartilhar trajetórias,
alegrias, dores e fazer-se próximo”, afirmam os organizadores.
“A
campanha ‘Compartilhe a viagem’ propõe incentivar as pessoas, homens, mulheres,
crianças e jovens, de todos os credos e religiões, para irem ao encontro dos
migrantes, colaborando na construção de uma cultura de Paz, a partir das
histórias de vida e da diversidade cultural dos migrantes. Por isso, é
importante enxergar os migrantes como oportunidade no projeto de reconstrução
das sociedades”, situa o arcebispo de Aracaju e presidente da Cáritas
Brasileira, dom João José Costa.
Materiais
Vários
materiais foram preparados e distribuídos aos agentes que atuam no âmbito da
Pastoral da Mobilidade Humana: o texto-base e roteiros para círculos bíblicos,
roda de conversa e celebração ecumênica. O texto-base aborda a realidade
migratória atual, oferecendo reflexões e apontando os desafios e oportunidades.
O livreto com os círculos bíblicos tem quatro encontros centrados na partilha.
A roda de conversa é proposta a partir de dois encontros tendo como pauta a
oferta de condições dignas de acolhimento aos que passam por deslocamentos
forçados.
Por fim,
o roteiro de celebração ecumênica propõe como itinerário bíblico uma leitura do
livro do profeta Isaías (49, 1-6), o Salmo 138 (139), uma segunda leitura
extraída do Atos dos Apóstolos (13, 22-26) e o Evangelho de São Lucas (1,
57-66.80).
Com informações da Pascom da Arquidiocese de Fortaleza
Com infor
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