"Hoje
o Senhor nos exorta a uma atitude de fé que supera nossos projetos, os nossos
cálculos, as nossas previsões. É um convite para nos abrirmos com mais
generosidade aos planos de Deus, tanto a nível pessoal como comunitário",
disse o Papa Francisco em sua reflexão.
Cidade do Vaticano
Manter a confiança em Deus, mesmo
diante das vicissitudes da vida, com o convite “para nos abrirmos com mais
generosidade aos planos de Deus”, em nível pessoal e comunitário, pois “Deus é
sempre o Deus das surpresas. O Senhor sempre nos surpreende”.
Inspirando-se em duas breves
parábolas contadas por Jesus à multidão para explicar o Reino de Deus, o Papa
Francisco explica que “a autenticidade da missão da Igreja” é dada “pelo ir em
frente com a coragem da confiança e o humilde abandono em Deus”.
Na primeira parábola – explica o Papa
– “o Reino de Deus é comparado ao crescimento misterioso da semente, que é
jogada no chão e em seguida germina, cresce e produz a espiga,
independentemente do cuidado do agricultor, que após a maturação, faz a
colheita”.
E a mensagem que tiramos, é que “por
meio da pregação e a ação de Jesus, o Reino de Deus é anunciado, irrompe no
campo do mundo e, como a semente, cresce e se desenvolve por si só, por força
própria e segundo critérios humanamente não decifráveis”.
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17/06/2018
O crescimento do Reino na história –
afirma Francisco – não depende tanto “da obra do homem”, mas acima de tudo “é
expressão do poder e da bondade de Deus, da força do Espírito Santo que leva em
frente a vida cristã no Povo de Deus”:
“Às vezes, a história, com seus
acontecimentos e os seus protagonistas, parece ir na direção oposta ao plano do
Pai celeste, que deseja para todos os seus filhos a justiça, a fraternidade, a
paz. Mas nós somos chamados a viver esses períodos como estações de provação,
de esperança e de espera vigilante da colheita”.
O Reino de Deus, ontem como hoje,
“cresce no mundo de maneira misteriosa, de maneira surpreendente, revelando o
poder escondido da pequena semente, sua vitalidade vitoriosa”. E diante dos
mistérios dos acontecimentos pessoais e sociais que parecem “o naufrágio de
esperança, devemos permanecer confiantes no agir humilde, mas poderoso de
Deus”.:
“Por isto, nos momentos de
escuridão e de dificuldades, nós não devemos nos abater, mas permanecer
ancorados à fidelidade de Deus, em sua presença, que sempre salva. Recordem
disto: Deus sempre salva, é o salvador”.
Francisco explicou então a segunda
parábola, a do grão de mostarda ao qual Jesus compara o Reino de Deus. Mesmo
sendo uma semente muito pequena, ela “desenvolve-se tanto que se torna a maior
de todas as plantas do jardim: um crescimento surpreendente e imprevisível”.
“
Não é fácil para nós entrar nesta lógica da imprevisibilidade de Deus e
aceitá-la em nossas vidas. ”
“Mas hoje – disse Francisco - o
Senhor nos exorta a uma atitude de fé que supera nossos projetos, os nossos
cálculos, as nossas previsões:
“Deus é sempre o Deus das
surpresas. O Senhor sempre nos surpreende. É um convite para nos abrirmos com
mais generosidade aos planos de Deus, tanto a nível pessoal como comunitário.
Em nossas comunidades é preciso dar atenção às pequenas e grandes oportunidades
de bem que o Senhor nos dá, deixando-nos envolver em sua dinâmica de amor, de
acolhida e de misericórdia para com todos”.
“
A autenticidade da missão da Igreja não é dada pelo sucesso ou pela
gratificação dos resultados, mas pelo ir em frente com a coragem da confiança e
o humilde abandono em Deus ”
“Ir em frente na confissão de Jesus e
com a força do Espírito Santo. É a consciência de ser instrumentos pequenos e
fracos, que nas mãos de Deus e com a sua graça podem realizar grandes obras,
fazendo progredir o seu Reino que é “justiça, paz e alegria no Espírito Santo”.
"Que a Virgem Maria nos ajude a
ser simples, a ser atentos, para colaborar com a nossa fé e com o nosso
trabalho no crescimento do Reino de Deus nos corações e na história",
disse o Papa Francisco ao concluir sua reflexão.
Fonte: Rádio Vaticano
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