Diante
da Praça São Pedro completamente tomada por fiéis, romanos e turistas, o Papa
Francisco fez a sua reflexão deste domingo (10/06) comentando o Evangelho de
Marcos, que narra os dois tipos de incompreensão que Jesus enfrentou: a dos
escribas e a dos seus próprios familiares.
Cidade do Vaticano
“Pode acontecer que a forte inveja
pela bondade ou pelas boas ações de alguém leve uma pessoa a acusar falsamente
outra. Este é o verdadeiro veneno mortal: a malícia premeditada que destrói a
boa fama do outro”.
Diante da Praça São Pedro
completamente tomada por fiéis, romanos e turistas, o Papa
Francisco fez a sua reflexão deste domingo (10/06) comentando o
Evangelho de Marcos. Como explicou, a liturgia do dia apresenta dois tipos de
incompreensão que Jesus enfrentou: a dos escribas e a de seus próprios
familiares, uma “advertência para todos nós”.
A tentação de falar mal do outro
“Deus nos liberte desta terrível
tentação... e se examinando nossa consciência, percebermos que esta semente
maligna esta germinando dentro de nós, corramos a confessá-lo no sacramento da
Penitência, antes que cresça e produza efeitos ruins. Isso é incurável”.
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10/06/2018
Francisco recordou que os escribas
eram homens instruídos na lei e nas Sagradas Escrituras e encarregados de
explicá-las ao povo. Alguns deles foram enviados à Galileia, onde a fama de Jesus
começava a se alastrar, “para desacreditá-lo, serem fofoqueiros e destruí-lo”.
Jesus reage com palavras forte
“Estes escribas chegaram com uma
acusação terrível. Diziam que Jesus estava possuído por Belzebu e que expulsava
os demônios pelo príncipe dos demônios. Isto queria dizer mais ou menos ‘este
homem é um endiabrado’. De fato, Jesus curava muitos doentes... mas queriam
fazer crer que Ele o fazia com o Espírito de Satanás”.
Jesus não tolerou isso e reagiu
com palavras fortes, pois os escribas, talvez sem se dar conta, estavam caindo
no pecado mais grave: negar e blasfemar o Amor de Deus que existe e atua em
Jesus.
“
O pecado contra o Espírito Santo é o único pecado imperdoável, porque parte do
fechamento do coração à misericórdia de Deus que age em Jesus ”
Acrescentando espontaneamente, o Papa
exortou:
“Fiquem atentos, vocês, porque este
comportamento destrói famílias, amizades, comunidades e até mesmo a sociedade”.
Uma família unida pelo respeito ao
Senhor
Em seguida, Francisco evidenciou
outra incompreensão sofrida por Jesus: a de seus familiares, “que estavam
preocupados porque a sua nova vida de itinerante lhes parecia uma loucura e ele
não tinha nem tempo para comer”. Quando o procuram para levá-lo de volta a
Nazaré, Jesus olha para as pessoas que estavam à sua volta e afirma: “Eis minha
mãe e meus irmãos!".
“
Aquele que faz a vontade de Deus é irmão, irmã e mãe para mim ”
“Jesus
formou uma nova família, não mais baseada em relações naturais, mas na fé Nele,
em seu amor que nos acolhe e nos une, no Espírito Santo. Todos aqueles que acolhem a palavra de Jesus são filhos de Deus e
irmãos entre si”, destacou Francisco, segundo quem “aquela resposta de Jesus
não foi uma falta de respeito por sua mãe e seus parentes; ao contrário. Para
Maria, foi o maior reconhecimento, porque precisamente ela é a perfeita
discípula que obedeceu totalmente à vontade de Deus”.
Fonte: Rádio Vaticano
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