A arquidiocese de Salvador (BA) recebeu, na última segunda-feira, 4 de junho, 30 bispos de cidades metropolitanas brasileiras. O encontro de bispos das metrópoles brasileiras teve o objetivo de ser espaço de reflexão sobre os desafios da evangelização em áreas urbanas densamente povoadas.
As reflexões do encontro foram conduzidas pelo padre Manoel de Oliveira Filho, do clero da arquidiocese de São Salvador da Bahia e pároco da paróquia da Ascensão do Senhor, na capital baiana. O presbítero apresentou a temática da Pastoral Urbana a partir da experiência de trabalho em sua paróquia de atuação, onde há uma realidade de grandes condomínios, uma “característica desta época”, segundo o padre.
O atendimento pastoral e os trabalhos de evangelização acontecem com a formação de comunidades ambientais. “Embora não tenhamos templos, as comunidades existem pela fidelidade das pessoas que se reúnem para refletir, rezar e celebrar”, explica padre Manoel.
Estiveram presentes arcebispos e bispos auxiliares das arquidioceses de Salvador, Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Londrina (PR), Olinda e Recife (PE), Belém (PA), Brasília (DF), Florianópolis (SC), Ribeirão Preto (SP) e Goiânia (GO).
O arcebispo de Salvador e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Murilo Krieger, anfitrião do evento, lembrou que o Brasil tem 208 milhões de habitantes e que 85% desta população vive nas cidades, estando os outros 15% na zona rural. “Nos 17 municípios com mais de um milhão de habitantes, dos quais 14 são capitais, moram 46 milhões de pessoas (22% do total). Mais da metade da população brasileira vive em municípios com mais de 100 mil habitantes; portanto, vive em apenas 5% (que corresponde a 278 municípios) dos 5.570 municípios brasileiros”, comenta.
Dom Murilo informa que um relatório-síntese do encontro será posteriormente enviado aos participantes. E também explica que o encontro, realizado anualmente, não tem por finalidade a elaboração de documentos, mas, sim, “’inquietar’ os participantes, para que tomem consciência da necessidade de estarem atentos aos desafios que a sociedade atual coloca aos evangelizadores”.
Fonte: CNBB
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