Em
sua homilia, Francisco ressaltou que Jesus no Evangelho de hoje dá um forte
conselho aos discípulos e também a nós: “Permaneçam no meu amor”.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco visitou, na tarde
deste domingo (06/05), a Paróquia do Santíssimo Sacramento, situada no bairro
Tor de’ Schiavi, em Roma, onde inaugurou a “Casa da Alegria” para pessoas
especiais.
Francisco foi acolhido pelo vigário
do Papa para a Diocese de Roma, Dom Angelo De Donatis, pelo cardeal titular
José Gregório Rosa Chávez, pelo Presidente da Caritas Internacional, Cardeal
Luís Antônio Tagle, pelo pároco Pe. Maurizio Mirilli, alguns colaboradores e
fiéis da paróquia.
Após as boas-vindas, o Papa
encontrou-se com as pessoas especiais, seus familiares e abençoou os ambientes
da “Casa da Alegria”.
A seguir, no oratório, respondeu
quatro perguntas feitas por um pai, uma jovem, uma adolescente e uma criança.
Depois, presidiu a celebração
eucarística durante a qual conferiu o Sacramento da Crisma a uma menina da
paróquia, que sofre de uma doença mitocondrial, e sua mãe.
Em sua homilia, Francisco ressaltou
que Jesus no Evangelho de hoje dá um forte conselho aos discípulos e também a
nós: “Permaneçam no meu amor”.
“Cada um de nós pode se perguntar:
permaneço no amor do Senhor ou vou buscar outros caminhos, outras condutas de
vida? Permanecer no amor significa servir aos outros, estar a serviço dos
outros. Não é como ver um filme de amor. O amor é outra coisa. O amor é
cuidar dos outros. O amor não é soar um violino. Tudo romântico! O
amor é trabalho. Vocês que são mães lembram de seus filhos pequenos e
sabem que foi um trabalho, limpar, passar, amamentar. O amor se vê nas
obras e não nas palavras. O amor é concreto.”
O Papa convidou cada um a “pensar no
amor pela família, pelo trabalho, pelo bairro, no amor pelos outros”.
“Fui à “Casa da Alegria” que para mim
deveria se chamar Casa do Amor, pois essa paróquia cuida de muitas pessoas que
precisam ser curadas. Isso é amor e o amor é trabalho em
prol dos outros. O amor se manifesta com mais força nas obras.”
“O que você faz pelos enfermos do
bairro? Se eu amo, o que faço pelos outros? Alguém pode perguntar: Padre, onde
aprendemos isso? De Jesus.”
O Papa sublinhou que na Segunda
Leitura tem uma frase que pode abrir os nossos olhos:“Nisto consiste o amor:
não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho
como vítima de reparação pelos nossos pecados.”
“Ele ama sempre por primeiro e nos
espera com amor. Devo me perguntar: espero os outros com amor? A fofoca é amor?
O falar mal dos outros é amor? Não, isso não é amor. Posso fazer cinco novena
por mês, mas se falo mal dos outros, isso não é amor.”
Francisco disse que “o amor é
gratuito e que o termômetro para saber a temperatura do amor é a língua. Antes de me confessar, faço um exame de
consciência e penso como a minha língua se comportou. Faça o esforço para não
falar mal dos outros. Para isso existe um remédio: morder a língua”.
O
Papa concluiu a sua homilia, convidando os fiéis a pedirem ao Senhor a graça de
“permanecer no amor e entender que o amor é serviço, é cuidar das pessoas”.
Fonte: Rádio Vaticano
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