Por María Ximena Rondón
Irmã Maria Vittoria della Croce /
Foto: Cortesia Arquidiocese de Trani-Barletta-Bisceglie
Roma, 10 Mai. 18 / 12:00 pm (ACI).- As mulheres que vão
se casar não são as únicas que usam um vestido de noiva, também o vestem
aquelas que entram em certas congregações religiosas, como foi o caso da Irmã
Maria Vittoria della Croce, cujo recente “casamento com Jesus” causou sensação
nas redes sociais.
A cerimônia de ingresso da Irmã Maria
Vittoria della Croce ao mosteiro beneditino de San Ruggero Barletta (Itália) foi
realizada em 27 de abril, na Catedral Basílica de Santa Maria Maggiore, e foi
presidida pelo Arcebispo de Trani-Barletta-Bisceglie, Dom Leonardo D'Ascenzo.
Cerimônia de ingresso de Irmã Maria
Vittoria della Croce no mosteiro/ Foto: Arquidiocese de Trani-Barletta-Bisceglie
As fotografias desta cerimônia foram
divulgadas pela Arquidiocese em sua página de Facebook e até o momento foram
compartilhadas por mais de 11.600 usuários, receberam mais de 3.700 curtidas e
650 comentários.
O responsável pelas comunicações da
Arquidiocese de Trani-Barletta-Bisceglie (Itália), o Diácono Riccardo Losappio,
explicou ao Grupo ACI que,
“para as irmãs beneditinas, apresentar-se vestida de noiva no momento da
‘vestição’, faz parte do ritual da vestição das religiosas”.
“Elas sempre entram na igreja vestidas assim
porque são as esposas de Cristo, que vão ao seu encontro e se vestem de noivas
para antecipar na história o que amanhã será na plenitude de Deus”, indicou
Losappio.
Durante a cerimônia, assim como fez
Irmã Maria Vittoria della Croce, as noviças “tiram o vestido de noiva, cortam o
cabelo, vestem o hábito beneditino e recebem o crucifixo para indicar a sua
alegre renúncia a tudo o que é efêmero”.
Colocação da toca, símbolo da morte e
ressurreição de Cristo/ Foto: Arquidiocese de Trani-Barletta-Bisceglie
Colocação do véu, símbolo da
dignidade / Foto: Arquidiocese de Trani-Barletta-Bisceglie
Ir. Maria Vittoria della Croce
abraçando seu pai/ Foto: Arquidiocese de Trani-Barletta-Bisceglie
Losappio destacou que a vestição da
Irmã Maria Vittoria della Croce – que tem 27 anos e cujo nome de batizo é
Carmen D'Agostino – foi “um rito que não se realizava em Barletta desde a
década de 1940, devido à falta de vocações à vida consagrada
segundo a regra de São Bento”.
“O mosteiro de San Ruggero foi
reduzido a poucas religiosas que envelheceram e há três anos foi refundado com
a chegada de várias irmãs jovens, que o revitalizaram com novas vocações”,
contou ao Grupo ACI.
O Diácono indicou que estas
religiosas, entre as quais está a atual abadessa, vêm do mosteiro beneditino de
Santa Maria das Rosas, localizado na cidade de Sant'Angelo in Pontano, na
região de Las Marcas, no leste da Itália.
Atualmente, com a chegada da Irmã
Maria Vittoria della Croce, “a comunidade monástica beneditina de San Ruggero é
composta por seis religiosas que fizeram as profissões solenes, quatro freiras
que fizeram a profissão temporal, duas noviças e uma postulante”.
Durante a cerimônia, Dom D'Ascenzo
desejou à nova religiosa “muita beleza para crescer cada vez mais esta presença
de Jesus em você e de expressá-la como um testemunho aos outros através da
relação com a Igreja e com a sua comunidade. Bom caminho de santidade e desejo
que você possa ser sempre mais bela no sentido deste testemunho à Igreja e com
suas irmãs”.
Uma “pedra preciosa” para Jesus
Losappio compartilhou com o Grupo ACI
o testemunho da Irmã Maria Vittoria della Croce, que também foi publicado no
jornal da Arquidiocese, chamado ‘In Comunione’.
A própria religiosa escreveu a sua
história. Nasceu em 17 de janeiro de 1991 na cidade italiana de Melfi e, em
2014, terminou os seus estudos de enfermagem na Universidade de Foggia.
Além disso, indicou que cresceu em
uma família católica que pertence ao Caminho Neocatecumenal e tem três irmãos.
“Quando eu tinha 15 anos, a minha mãe
foi para o céu depois de uma longa doença que viveu com fé. Não foi fácil para
mim, mas posso dar testemunho que o Senhor sempre cuida da minha família e de
mim”, expressou.
“Pensar na minha mãe me ajuda a olhar
para o céu, para o paraíso. Mas do que ter feito uma escolha, eu fui escolhida
por Ele: em um encontre de jovens, e depois também através de outras pessoas,
senti o amor de Cristo manifestado na cruz”, assinalou.
Este chamado vocacional “abriu os
céus para mim”, disse Irmã Maria Vittoria della Croce, que afirma ter certeza
de que Deus “me ama como sou, e sou uma pedra preciosa para Ele”.
Irmã Maria Vittoria della Croce
durante a cerimônia de vestição/ Foto: Arquidiocese de Trani-Barletta-Bisceglie
“Simplesmente aceitei este amor, esse
chamado para lutar pelo reino dos céus e, com a ajuda da Igreja para discernir
esse chamado, ingressei no mosteiro”, indicou. Assegurou que a cerimônia foi um
“pequeno passo à frente na vida monástica com a certeza de que Jesus é fiel”.
Outras congregações religiosas na
qual as mulheres se vestem de noivas para fazer os seus votos são as Clarissas,
as Irmãs Escravas do Imaculado Coração de Maria e a Congregação de Maria Rainha
Imaculada.
Fonte:
ACI Digital
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