sexta-feira, 11 de maio de 2018

GT DA MINERAÇÃO DA CNBB BUSCA CONHECER MELHOR OS IMPACTOS DA MINERAÇÃO NO BRASIL




GT da Mineração da CNBB busca conhecer melhor os impactos da mineração no Brasil
O Grupo de Trabalho(GT) da Mineração, criado pelo Conselho Permanente no âmbito da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reuniu-se, pela primeira vez neste ano, nesta quinta-feira, dia 10 de março, com a tarefa de pensar um conjunto de ações para este ano. O foco do trabalho do grupo, segundo dom Sebastião Lima Duarte, o bispo de Caxias (MA) e presidente do GT da Mineração, é conhecer melhor a realidade e os impactos da mineração no Brasil. Segundo ele, realidade pouco conhecida ainda pela própria Igreja no Brasil.
Neste sentido, o grupo traçou um conjunto de ações. Uma delas é dar continuidade ao levantamento das áreas, no Brasil, impactadas por projetos de mineração, bem como identificar quais são os grupos e organizações que atuam nesta pauta. O grupo está encampando, no Brasil, a tradução da Carta Pastoral do Celam sobre a Ecologia Integral. Se trata da carta: “Discípulos Misioneros Custodios de la Casa Común. Discernimiento a la luz de la Laudato Si”.
O GT, com parceria da Rede Pan Amazônica (Repam), promoverá de 9 a 11 de novembro o Encontro das Comunidades Atingidas por mineração em Carajás, evento que reunirá cerca de 90 pessoas de dioceses afetadas do Norte e Nordeste do país. Em agosto, acontece em Brasília (DF), de 07 a 10 de agosto, um encontro com representantes do Vaticano,  do Dicastério de Desenvolvimento Integral, e do Celam. O GT é convidado a colaborar com este encontro. O GT também está estudando a possibilidade de realizar em 2019, antes da 57º Assembleia Nacional dos Bispos, um encontro de dioceses afetadas pelo impacto da mineração em todo o Brasil.
GT Mineração em reunião na sede da CNBB, em Brasília (DF. Foto: Assessoria de Imprensa da CNBB/Matheus de Souza
Papel do GT – O dom André de Witte, bispo de Rui Barbosa (BA), vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que também acompanha o trabalho do GT da Mineração da CNBB, destaca que quem vê a realidade do ponto de vista do trabalho de Evangelização de uma conferência e da perspectiva de Jesus que veio para que todos tivessem vida, é necessário combater os projetos que ameaçam a vida. E parte destes projetos são ligados à extração de minerais em território brasileiro. “Estes estão chegando, como rolo compressor, na realidade dos pequenos que sofrem e perdem condições, um exemplo é Mariana e a morte do Rio Doce”, disse.
As exortações do papa Francisco e suas propostas de preocupação com a casa comum da humanidade contribuem para dar o rumo e o horizonte de atuação da Igreja neste campo, aponta o bispo. “Nosso papel é nos posicionar e cobrar atitudes que evitem acidentes e ameaças ao meio ambiente. O grupo de trabalho deve ser o instrumento para dar passos concretos nesta direção”, disse.
Fonte: CNBB

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