segunda-feira, 14 de maio de 2018

FILME SOBRE O PAPA FRANCISCO NO FESTIVAL DE CANNES





Foi realizada a apresentação mundial no Festival de Cannes do filme “Papa Francisco: um homem de palavra” do cineasta alemão Wim Wenders. O filme não disputará a Palma de Ouro, mas uma sessão especial durante a mostra.
Cidade do Vaticano
“Papa Francisco é o exemplo vivo de um homem que luta pelo que fala”: são palavras do cineasta alemão Wim Wenders ao apresentar o longa sobre o Pontífice no Festival de Cannes. “No nosso filme – afirma o diretor – ele se dirige diretamente ao espectador, de modo sincero e espontâneo. Queríamos que fosse um filme para todos os tipos de público, porque a mensagem do Papa é universal”.
Um filme com o Papa
Em uma entrevista à agência Sir, mons. Dario Edoardo Viganò, assessor da Secretaria para a Comunicação e que deu início ao projeto junto com o cineasta alemão, conta que “o filme que Wenders realizou sobre o Papa é uma experiência do falar de si – por parte do Papa – através de um tecedor capaz de reconstruir e entrelaçar a narração – esta é a parte do diretor – de modo que surja a verdade e a profundidade do próprio ser”. Para mons. Viganò, a particularidade do filme, ao qual colaborou Vatican Media, é que não se trata de um documentário mas de “um filme com o Papa”. “Papa Francisco é o protagonista da obra. Aceitou participar deste projeto com desejo de compartilhamento e de encontro com o próximo”.
Francisco visto de perto
O filme não tem um estilo narrativo e descritivo, sublinha mons. Viganò, “como nas primeiras tomadas sobre Leão XIII em 1896, ou no filme sobre Pio XII de 1942 Pastor Angelicus, ou mesmo nos documentários audiovisuais dedicados a João XXIII”, desta vez há um envolvimento direto. “Ele é o Papa da proximidade, do abraço inclusivo. Por isso participa como protagonista absoluto”. Uma intenção que se traduziu em “uma direção ao serviço do encontro com o Pontífice, nunca invasiva ou dominante, mas sim, discreta e poética”. “O Papa – afirma o assessor da Secretaria para a Comunicação – refletiu um bom tempo para avaliar o trabalho. Depois, aceitou de maneira convicta, consciente da grandiosidade comunicativa do projeto”.
Wenders, olhar poético
Recordando as obras-primas do cineasta como “As Asas do Desejo” com a particular presença dos anjos, e “Tão longe, tão perto” no qual se cita o Evangelho de Mateus, mons. Viganò recorda também a colaboração com o cineasta na cerimônia de abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia no Vaticano. Com o Centro Televisivo Vaticano – hoje Vatican Media – logo acreditamos no valor de um filme que falasse sobre o diálogo entre o Papa Francisco e a sociedade de hoje, com o encontro de homens e mulheres de todas as proveniências”. “O resultado foi uma experiência cinematográfica intensa, com encontro de pessoas de todas as fés, culturas, pertencentes a todas as classes sociais ou políticas”. A coluna sonora de Laurent Petitgand é enriquecida pela voz narrativa de Wim Wenders e da cantora Patti Smith.



Fonte: Rádio Vaticano

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