- 1ª. Leitura – Jer 31, 31-34 – “Em Jesus, a Nova Aliança”
Ao longo dos tempos, por meio dos patriarcas e de Moisés, o Senhor
Deus foi perpetrando alianças com o Seu povo, as quais, no entanto, sempre
foram violadas e não cumpridas por parte do homem. Na sua insensatez e
infidelidade o homem desprezava o pacto que fazia com Deus e rompia o
compromisso, cada vez mais aumentando a distância entre a humanidade e o Amor
do Senhor. Agora, por meio do profeta Jeremias, no entanto, o homem tem a
promessa de uma nova aliança, diferente das outras. O Senhor renova a Sua Aliança
com a humanidade e faz a todos nós um apelo de conversão quando diz: “Eis que
virão dias, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma Nova
Aliança”. Ele mesmo é quem nos revela como isto acontecerá: “imprimirei minha
lei em suas entranhas e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e
eles serão meu povo”. A Nova Aliança foi sancionada quando Jesus Cristo se
ofereceu pelas nossas iniquidades entregando a Sua vida e derramando o Seu
Sangue para nos salvar. Hoje, podemos afirmar que os dias prometidos pelo
Senhor já estão acontecendo, pois, Jesus já veio estabelecer UMA NOVA ALIANÇA
conosco, por isso, os nossos pecados são perdoados, visto que é Ele quem nos
justifica. A Lei de Deus já foi selada no nosso coração no nosso Batismo, quando
Ele nos mandou o Seu Espírito Santo. Portanto, a Nova Aliança é eterna e se
realiza na medida em que aceitamos Jesus Cristo como nosso Senhor e esposo da
nossa alma. Ninguém precisará mais ser instruído, pois a lei de Deus, isto é o
Seu Amor, já está gravada nos nossos corações de uma forma indelével.
Precisamos apenas fazer a experiência, pois, todos nós que possuímos o Espírito
Santo temos capacidade de reconhecer a Jesus como Salvador e tê-Lo como
Caminho, Verdade e Vida. – Você já assumiu a Nova e Eterna Aliança que Deus fez
com você? - Você sabia que Jesus veio desposar a sua alma? - Como você entende
esse casamento? – O Espírito Santo tem direcionado a sua vida?
Salmo 50 - Criai em mim um coração que seja puro.
Deus está sempre nos concedendo a chance de renascer para uma vida
plena. Ele sabe muito bem que só seremos felizes se o nosso coração estiver
livre de tudo quanto nos acorrenta. Por isso, o salmista nos ensina a pedir ao
Senhor uma nova chance: “criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo
um espírito decidido”. É o Espírito Santo quem pode nos conceder tudo de que
precisamos: um coração puro que nos torne aptos (as), novamente, a sentir a
alegria da salvação e um espírito decidido para não nos afastemos do caminho do
Senhor.
2ª. Leitura – Heb 5, 7-9 - “Jesus, o Senhor de todos nós!”
Jesus era também Deus e, mesmo sendo Deus, não quis ter
privilégios. Viveu aqui na terra como qualquer um de nós e como nós, passou por
dificuldades, fazendo súplicas ao Pai, pedindo piedade, sofrendo e até chorou.
Cumpriu a missão que lhe fora destinada não se prevalecendo da Sua condição
divina e como todo homem, quando estava angustiado se dirigia ao Pai com forte
clamor. A leitura nos esclarece que, mesmo sendo Filho, Jesus aprendeu a
obedecer, por isso, passou pela Cruz e “tornou-se causa de salvação eterna para
todos os que lhe obedecem”. “Aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que
teve”, tornando-se, assim, o autor da salvação. Foi atendido quando dirigiu
forte clamor e lágrimas ao Pai por causa da Sua entrega e na consumação, isto
é, no término tornou-se o Senhor de todos nós. Confiante na vitória e submisso
à vontade do Pai, Ele passou pela angústia e pela morte. Seguindo o exemplo de
Jesus podemos, então, perceber que quando aceitamos a vontade do Pai e O
obedecemos, nós também temos a vitória garantida, ainda que tenhamos de
enfrentar a cruz e até a morte, pois os planos do Senhor para nós estão muito
além das nossas expectativas humanas. O Plano de Deus para nós é a nossa
salvação, da nossa família e de toda a humanidade. Precisamos, então,
refletir sobre como estamos enfrentando as dificuldades da nossa
caminhada! Na maioria das vezes queremos privilégios, desejamos ser poupados
dos sofrimentos, no entanto, ao mesmo tempo, queremos ser seguidores de Cristo
e colaboradores do Seu Plano de salvação. - Será que isto é coerente? Faça uma
reflexão e perceba qual é o ponto em que você está querendo fugir para não
sofrer ou para não se comprometer com o seguimento de Cristo. - E quando o
tempo passar, o que você ganhará?
Evangelho – Jo 12, 20-33 - “Morrer significa sair de nós mesmos
(as)”
Com muita sabedoria Jesus procurava esclarecer as pessoas que
desejavam conhece-Lo sobre a Sua sublime Missão de Salvador dos homens. Ao
mesmo tempo em que falava de glória, Ele ponderava também sobre a morte! Coisa
difícil de entender com a nossa mentalidade humana! Assim, Ele esclarecia que
vida e morte fazem parte do ser humano e que a nossa breve existência terrena é
o princípio da vida sem fim. Desse modo Ele nos dá o entendimento de como a
morte do corpo pode beneficiar a vida do espírito. Ele então, nos revela que
assim como aconteceu com Ele, a glória de Deus, manifestar-se-á justamente
depois da nossa entrega para a morte de Cruz. Dessa forma, Ele mesmo nos
instrui: “se o grão de trigo caído na terra, não morre, fica só; se morrer
produz muito fruto”. Isto foi justamente o que aconteceu com Jesus: passando
pela Morte Ele foi glorificado no céu! Muitas vezes não compreendemos o motivo
pelo qual passamos pela “morte”, que nem sempre significa a morte do corpo
literalmente falando, mas, um estado de esgotamento, de fracasso aparente e de
depressão. No entanto, é nessas horas de deserto e de provação que o nosso
espírito se rende diante da evidência de Deus e podemos glorificá-Lo de
verdade. Nesses momentos percebemos que a nossa vida terrena da carne nem é tão
importante assim, e que muito mais significativa é a nossa vida espiritual,
porque assim estamos seguindo o exemplo de Cristo. Jesus foi quem falou: “Se
alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo.” O
seguir a Jesus, significa imitá-lo e, nas mesmas condições fazer tudo como Ele
fez. Se Jesus foi glorificado pelo Pai, na Cruz, nós também receberemos a
glória de Deus quando nos entregarmos a Ele e aos Seus desígnios. Quando não
admitimos o sofrimento nem aceitamos que o nosso morrer para o mundo é sinal de
pertença a Cristo, então, estamos assumindo a chefia do príncipe deste mundo, o
demônio. Nesse caso, seremos apenas um grão que não tem serventia, fica só. A
vitória só nos virá depois que lutarmos, o fruto surgirá depois que semearmos a
semente e a aurora só despontará depois de passada a noite. Morrer significa
sair de nós mesmos (as). – Você já experimentou a glória de Deus? – Você já foi
provado (a) e assumiu a Cruz, com esperança de vitória? - Quando é que você tem
sabor de vitória? - O que precisa acontecer para que você realmente morra e
depois dê bons frutos?
Helena Serpa,
Fundadora da Counidade Missionária Um Novo Caminho
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