domingo, 25 de março de 2018

REFLETINDO SOBRE O EVANGELHO



Marcos 14, 1-15,47

DOMINGO DE RAMOS
Com o Domingo de Ramos, entramos hoje na Semana Santa, durante a qual somos convidados a reviver com os mesmos sentimentos de Cristo, os momentos dramáticos de sua paixão e morte, que nos trouxeram a salvação.
         O evangelho deste Domingo é Marcos 14, 1-15-47. Ele nos mostra que Jesus é o Messias e Filho de Deus. Jesus é interrogado se é mesmo o messias. Jesus confessa: “Eu sou”. No evangelho de Marcos Jesus diz que eles verão o filho do homem sentado á direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Filho do Homem é uma figura que vem da Profecia de Daniel (Dn 7,13-14). Jesus é o enviado celestial que esmaga as quatro feras que disputam o domínio sobre o mundo. Assim também é Jesus, o filho querido de Deus que vem fazer a vontade do Pai, que e, pelo dom da própria vida, vence as feras que dominam este mundo e quebra sua força definitiva. Jesus é o messias escolhido por Deus para realizar seu projeto de vida e liberdade.
          No relato da Paixão seu Messianismo adquire pleno significado: Ele é o Filho ungido pelo Pai. O oficial romano, um pagão, reconhece nele o Filho de Deus. Jesus e o Messias-Rei porque se despoja desse tipo de poder e se afastado círculo das pessoas. De Réu diante do Sinédrio, ele se torna juiz. O Filho do Homem sentado á direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens. Jesus crucificado é o verdadeiro Rei. È o Messias da cruz. A Paixão de Jesus prolonga-se em todos os setores de nossa vida e da nossa sociedade, mormente nos esquecidos e sofredores.
          O Domingo de Ramos nos faz reviver a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém para morrer e ressuscitar. Semelhante ao povo da primeira aliança que, durante a Festa das Tendas, levava ramos nas mãos, significando a esperança messiânica, assim também Jesus em Jerusalém  é aclamado como Messias. A Festa das Tendas durava sete dias, onde as cabanas eram cobertas de ramos das árvores, lembrando o tempo do êxodo, em que o povo de Deus peregrinava  pelo deserto rumo  à terra prometida. A Festa das Tendas ainda recordava a provável chegada do Messias, a reunião de todas as nações em Jerusalém, a salvação que   nasce em Jerusalém.
          Nesta Semana santa que se inicia, precisamos completar o caminho percorrido no tempo da Quaresma e, com a graça divina, crescer na vivência de valores humano-cristãos. Pela preciosidade que é a Semana Santa para todo católico, é que conclamamos o povo de Deus e as comunidades cristãs a trocarem o lazer, amiúde, não muito sadio (nesse período alguns incautos levados ótica materialista e secularizada da sociedade pós-moderna fazem até carnaval) pela participação dos atos litúrgicos nas paróquias e comunidades . Jamais podemos esquecer que a Semana santa é o centro vital do ano litúrgico, qual coração que alimenta e dá  vida a todo organismo. Este centro vital é a celebração do mistério pascal: a paixão-morte-ressurreição de Cristo.

          Que a Semana Santa, grande tesouro espiritual, nos ajude a crescer e fortalecer a nossa espiritualidade no Cristo que é caminho, verdade e vida.

Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente

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