REDAÇÃO
CENTRAL, 09 Dez. 17 / 04:00 am (ACI).- “Amado Juan Diego,
a ‘águia que fala’! Ensina-nos o caminho que conduz para a Virgem Morena de
Tepeyac, para que Ela nos receba no íntimo do seu coração, dado que é a Mãe
amorosa e misericordiosa que nos orienta para o Deus verdadeiro”, disse João Paulo
II na canonização de São Juan Diego, o vidente da Virgem de Guadalupe, cuja
festa é celebrada neste 9 de dezembro.
Segundo a
tradição, São Juan Diego nasceu em 1474 em Cuauhtitlán, então reino de Texcoco,
pertencente ao grupo étnico de chichimecas, e hoje território do México. Seu
nome era Cuauhtlatoatzin, que na sua língua materna significava “águia que
fala” ou “aquele que fala como uma águia”.
Sendo
adulto e pai, sentiu-se atraído pela doutrina dos sacerdotes franciscanos que
chegaram ao México em 1524 e foi batizado com sua esposa Maria Lucia. Os dois
se casaram como cristãos, mas, tempo depois sua esposa faleceu.
Em 9 de
dezembro de 1531, apareceu a ele em um lugar chamado Tepeyac, a Virgem Maria,
que se apresentou como “a perfeita sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro
Deus”. A Virgem encomendou que, em seu nome, solicitasse ao Bispo, o
franciscano Juan de Zumárraga, a construção de uma igreja no
local da aparição. O Bispo não aceitou a ideia e a Virgem lhe pediu para insistir. No dia
seguinte, Juan Diego voltou a encontrar o Prelado, que o examinou na doutrina
cristã e pediu provas concretas da aparição.
No dia 12
de dezembro, a Virgem lhe apareceu novamente e o consolou, convidando-o a subir
ao topo da colina de Tepeyac para colher flores e trazê-las para ela. Apesar da
temporada de inverno e da aridez do local, São Juan Diego encontrou flores
muito bonitas e colocou-as em sua “tilma”, um tipo de manta típico da região. A
Virgem, em seguida, ordenou-lhe que apresentasse essas flores ao Bispo.
Estando na
frente do prelado, o santo abriu sua “tilma” e deixou cair as flores. No
tecido, apareceu a imagem da Virgem de Guadalupe, que desde então se tornou o
coração espiritual da Igreja no México e uma das maiores devoções marianas que
permanece com força até hoje.
São Juan
Diego, com a permissão do Bispo, foi morar em uma casa pobre ao lado do templo
da “Senhora do Céu”. Limpava a capela e acolhia os peregrinos que visitavam o
local, onde hoje se encontra um grande templo.
O leigo São
Juan Diego foi para a Casa do Pai em 1548 e gozou de tanta estima que seus
contemporâneos costumavam dizer: “Que Deus te faça como Juan Diego”. Ele foi
beatificado por João Paulo II em 1990 e canonizado pelo Papa peregrino em 2002.
Fonte: ACI Digital
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