29/11/2017 - 4ª-feira da 34ª Semana do Tempo Comum
1ª Leitura - Dn 5,1-6.13-14.16-17.23-28 – “o que cultivamos dentro do nosso coração”
Por meio desta leitura vemos a insanidade do rei Baltazar quando, não se importando com a consequência dos seus atos, usou das “coisas sagradas” para servir aos seus deuses. Com efeito, imediatamente “Deus contou os dias de seu reinado e deu-o por concluído; foi pesado na balança, e achado com menos peso; seu reino foi dividido e entregue a outros reis. ” As nossas ações, boas ou más, são originadas pelo que cultivamos dentro do nosso coração. Na medida em que cultivamos em nós sentimentos, puros ou não, as nossas ações estarão também em conformidade com o que pesa dentro de nós. As consequências das nossas atitudes dar-se-ão na mesma proporção com que assumimos ou ferimos os preceitos divinos que norteiam a nossa existência. O festim de Baltazar ainda hoje é vivido no mundo. Ainda hoje se reúnem os grandes para festejar usando as coisas sagradas que foram tiradas dos que são pequenos, e por isso mesmo, são templos de Deus. As coisas sagradas, hoje, também podem ser tudo o que vivenciamos no nosso dia a dia e que se constituem bens preciosos para a nossa dignidade, e, no entanto, não lhes damos o valor real e as banalizamos. Nós também podemos estar usando o que é sagrado para a satisfação dos nossos interesses. Diante de Deus, cada um de nós, pessoalmente, é responsável pelas ações e omissões. A nossa responsabilidade, no entanto, é maior quando colaboramos e fazemos com que os outros também cometam os mesmos desatinos que praticamos. A nossa culpa se torna ainda mais grave quando somos referenciais para outras pessoas, as orientamos e temos autoridade sobre elas. Assim também, Deus conta os dias do nosso reinado e o dá por concluído, somos pesados na balança e achados com menos peso, e o nosso reino é entregue a outros reis. Deus tem em suas mãos a nossa vida e o nosso destino e conhece as intenções do nosso coração, por isso, Ele é fiel e justo e concede a cada um de nós conforme a nossa justiça. - Como você tem exercido o seu ministério dentro do reino de Deus? - Você tem notado as consequências das suas ações? - Você tem alguma influência nas atitudes de outras pessoas? - Você as tem levado para o bem ou para o mal? - Você tem “brincado” com as coisas sagradas
Salmo - Dn 3,62. 63. 64. 65. 66. 67 (R. 59b)
R. Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
Somos obras do Senhor e devemos louvá-Lo pela nossa criação. Assim também o fazem tudo o que existe no céu e na terra: a Lua e sol, astros e estrelas, chuvas e orvalhos, brisas e ventos, fogo e calor, frio e ardor. Bendizei ao Senhor!
Evangelho - Lc 21,12-19 – “ a Palavra de Deus que nos exorta à confiança e ao abandono. ”
Se, dizemos que temos fé, mas perdemos noites de sono fazendo cálculos de como iremos nos defender nas situações difíceis da nossa vida estamos sendo infiéis à Palavra de Deus que nos exorta à confiança e ao abandono. A nossa fé não nos impedirá de que sejamos perseguidos, nem de que tomemos decisões, mas nos garante a defesa nos momentos de aflição e de dúvida. As ocasiões em que somos desafiados a dar depoimento da nossa fidelidade são oportunidades que temos para pôr em prática os ensinamentos evangélicos. Neste Evangelho Jesus nos ensina a enfrentar os “reis e governadores” deste mundo dando um testemunho coerente com a nossa fé. Assim sendo, não precisamos nos preocupar nem nos atemorizar diante dos fatos que exigem de nós uma reação, porque Ele próprio nos aconselha: “ Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa;” Não podemos desistir diante das perseguições. Permanecendo firmes é que iremos ganhar a vida mesmo que os perseguidores sejam os da nossa própria casa ou na nossa comunidade. – Você costuma fazer cálculos de como irá defender-se na hora da perseguição? – Em quem você confia nos momentos de tribulação? – Você acredita na ação do Espírito Santo em si? – Pense nisso!
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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