Mateus 25,1-13
TRIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO A
O evangelho de hoje (Mateus 25, 1-13) nos apresenta o tema da vigilância. Cristo Aborda-o através de uma parábola, cujo conteúdo estava ligado a um costume do povo palestino da época.
Quando havia um casamento, os amigos e familiares começavam a festejá-lo sem a presença dos noivos, que costumavam chegar no final e sem aviso, quando todos estavam cansados. Cristo introduziu o caso das virgens prudentes e das incautas, encarregadas de acolher os noivos à sua chegada. Devido ao cansaço, elas adormeceram; a certa altura, ouviram o grito de que os noivos estavam chegando. As virgens acordaram e trataram de reabastecer suas lâmpadas.
Eis que as incautas perceberam que não tinha mais óleo e saíram para comprá-lo; enquanto isso, as prudentes foram ao encontro dos noivos. A porta se fechou e não se abre mais, ficando as incautas de fora. Cristo conclui dizendo: “vigiai porque não sabeis nem o dia e nem a hora”. Como nos colocar frente a essa parábola? Há uma interpretação que por vezes é feita, mas que, pelo contexto do Evangelho, não parece se sustentar: criar medo, apavorar, levar as pessoas a aderirem a normas e preceitos por medo de serem surpreendidas e castigadas.
No contexto do evangelho, vemos a proposta de uma vida plena. As Bem-aventuranças falam de meios para a felicidade. Cristo fala da grande alegria de que e possuído e que quer participar aos seus discípulos. Com certeza, o apavoramento e o terrorismo não entram na pedagogia de Jesus. Ele nos chama a atenção para a importância da vida, para quem vive a opção pelo essencial. Precisamos vivê-la intensamente. Ninguém sabe quanto tempo ela vai durar; o que importa é que seja bem vivida.
O evangelho continua nos alertando sobre a urgência de estarmos preparados. Devemos estar sempre preparados e em processo de conversão. Estar de lâmpada acesa é prestar atenção ao que acontece, ver as oportunidades de fazer o bem que está a nossa volta para não pecar por omissão.
A lâmpada de Deus, iluminando o irmão nos prepara para a ajuda e o perdão mútuos.
Pe. Raimundo Neto
Pároco
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