Papa Francisco no Ângelus de hoje. Captura de Youtube
Vaticano, 01 Nov. 17 / 10:30 am (ACI).- Ao presidir a
oração do Ângelus nesta quarta-feira, 1º de novembro, Solenidade de Todos os
Santos, o Papa Francisco explicou que as bem-aventuranças não são para
“super-homens”, mas para todos nós e constituem o “mapa” da vida cristã para a
felicidade.
Antes da oração mariana na Praça de
São Pedro, o Pontífice explicou que “os ingredientes para a vida feliz se
chamam bem-aventuranças”.
“São bem-aventurados os simples, os
humildes que dão lugar a Deus, que sabem chorar pelos outros e pelos próprios
erros, permanecem mansos, lutam pela justiça, são misericordiosos com todos, preservam
a pureza do coração, trabalham sempre pela paz e permanecem na alegria, não
odeiam e, mesmo quando sofrem, respondem ao mal com o bem”.
“Eis as bem-aventuranças. Não
requerem gestos extraordinários, não são para super-homens, mas para quem vive
as provações e as fadigas de todos os dias”.
O Pontífice acrescentou que “os
santos são assim: respiram como todos o ar poluído que há no mundo, mas no
caminho jamais perdem de vista o percurso de Jesus, indicado nas
bem-aventuranças, que são como o mapa da vida cristã”.
Hoje, prosseguiu o Santo Padre, “é a
festa daqueles que alcançaram a meta indicada por este mapa: não são só os
santos do calendário, mas os muitos irmãos e irmãs ‘da porta ao lado’, que
talvez tenhamos encontrado e conhecido”.
Francisco recordou que “a Solenidade
de Todos os Santos é ‘nossa festa’: não porque somos bons, mas porque a
santidade de Deus tocou a nossa vida. Os santos não são pequenos modelos
perfeitos, mas pessoas atravessadas por Deus”.
“Podemos compará-los com os vitrais
das igrejas que fazem entrar a luz em diferentes tonalidades de cor. Os santos
são nossos irmãos e irmãs que acolheram a luz de Deus em seu coração e a
transmitiram ao mundo, cada um segundo a própria tonalidade. Mas todos foram
transparentes, lutaram para limpar as manchas e as obscuridades do pecado,
assim deixam passar a luz amável de Deus”.
Este, indicou o Papa, “é o objetivo
da vida, deixar passar a luz de Deus, também a finalidade de nossa vida. De
fato, hoje no Evangelho, Jesus se dirige aos seus, a todos nós, dizendo
‘bem-aventurados’, essa palavra com a qual inicia sua pregação, que é
‘evangelho’, boa nova, porque é o caminho da felicidade. Quem está com Jesus é
bem-aventurado, é feliz”.
“A felicidade não está em ter alguma
coisa ou em tornar-se alguém, não. A verdadeira felicidade é estar com o Senhor
e viver por amor. Vocês acreditam nisso?”.
Hoje, disse também o Papa Francisco,
“é uma festa de família, de muitas pessoas simples e escondidas que, na
realidade, ajudam Deus a levar avante o mundo. E quantas pessoas assim existem
hoje! Irmãos e irmãs desconhecidos que ajudam Deus a levar avante o mundo.
Vamos saudá-los com um grande aplauso, todos”.
O Papa explicou que a primeira
bem-aventurança se refere à pobreza de espírito. Isso quer dizer que os santos,
os bem-aventurados “não vivem em busca do sucesso, do poder ou do dinheiro.
Sabem que quem acumula tesouros para si não se enriquece diante de Deus. Ao
contrário, creem que o Senhor é o tesouro da vida e que o amor ao próximo é a
única verdadeira fonte”.
Do mesmo modo, o Pontífice se referiu
a outra “bem-aventurança que não se encontra no Evangelho, mas ao final da
Bíblia, e que fala do fim da vida: ‘Bem-aventurados os mortos que morrem no
Senhor’”.
“Amanhã, seremos chamados a
acompanhar com a oração nossos defuntos para que gozem para sempre do Senhor.
Recordemos com gratidão nossos entes queridos e rezemos por eles”.
Para terminar, o Santo Padre fez
votos para que “a Mãe de Deus, Rainha dos Santos e Porta dos Céus, interceda
pelo nosso caminho de santidade e pelos nossos caros que nos precederam e já
partiram para Pátria celeste”.
Fonte:
ACI Digital
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