9/10/2017 - 2ª-feira da 27ª Semana do Tempo Comum
- 1ª Leitura - Jonas 1,1-2,1.11 - “consequências da omissão”
A mensagem do livro de Jonas nos serve de reflexão no que se refere à nossa filiação divina e o nosso compromisso de cristãos. Como filhos e filhas de Deus, batizados (as) em Jesus Cristo e imersos (as) no mistério da Igreja nós fazemos parte do Seu Corpo, por isso, estamos inseridos no Seu projeto de salvação. Não podemos nos eximir da responsabilidade de anunciar ao mundo o que o Senhor nos mandar pronunciar. Jonas quis fugir da missão de abrir os olhos dos ninivitas por causa das suas ações perversas. Assim fazendo ele estava se omitindo em fazer um bem e contribuir para a salvação daquele povo. O seu ato de fugir, no entanto, provocou uma situação ainda mais difícil, pois levou o pavor para os passageiros do navio que o acolheu. Assim também acontece com cada um de nós que, fugindo de Deus, se omite de assumir responsabilidades. As consequências são também desastrosas para nós e para aqueles (as) que “viajam” conosco. No entanto, Jonas compreendeu a tempo, ser ele o causador da “fúria dos ventos” e teve a coragem de reconhecer a sua falta e, mesmo correndo risco de vida, mandou que o lançassem ao mar. O Senhor providenciou um abrigo para ele. Com o exemplo de Jonas nós aprendemos que nunca é tarde para reconhecer os nossos erros e omissões. Quando confiamos em Deus a Sua misericórdia nos resguarda e, novamente, nos torna aptos (as) para cumprir os votos que assumimos como Seus filhos e filhas. Mesmo tendo errado e desviado do caminho, ao reconhecer o seu pecado, Jonas fez com que Deus se revelasse aos marinheiros que se renderam diante do milagre quando “cessou a fúria do mar”. Portanto, nunca será tarde para nós. Enquanto aqui estivermos, mesmo errando, diante do nosso arrependimento, o Senhor nos garante, vida, pão e veste para que possamos levar adiante a missão de atrair para Ele todos que ainda não O conhecem.- Você também vive fugindo
de Deus? - Quais têm sido as consequências da sua omissão? - Você tem medo de voltar atrás e reconhecer o erro? - O que você está esperando para assumir diante das pessoas o seu erro?
Salmo - Jonas 2,2. 3. 4. 5. 8 (R. 7c)
R. Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!
A força da oração é uma segurança nas horas de angústias. A oração de Jonas serve de exemplo para nós. Mesmo sofrendo as consequências dos nossos atos nós podemos nos voltar para o Senhor porque somente Ele pode tirar a nossa vida do sepulcro. Faça você também essa oração e experimente a vida nova que o Senhor quer lhe conceder.
Evangelho - Lucas 10,25-37 - “a misericórdia é a primeira regra para a vivência do amor ao próximo.”
Os mestres da lei sempre procuravam confundir Jesus com questionamentos que punham em jogo o cumprimento da Lei de Deus, no entanto, consciente de que a Lei de Deus é o Amor, Jesus ia muito mais além do que era convencional, para que transparecesse a mensagem evangélica. Ele, então, lhes mostrava que amar o próximo é acolher a todos os que se aproximam de nós para ajudá-los, e ao mesmo tempo, também envolver-se com aqueles estão necessitados. Durante a nossa caminhada terrestre, algumas vezes somos o necessitado, em outras ocasiões, somos nós os bons samaritanos ou os donos da hospedaria. Nunca seremos autossuficientes a ponto de não precisar de ninguém que nos socorra. Por isso, em qualquer situação em que nos encontremos, como necessitados ou como colaboradores, somos convocados pelo Senhor a amar o próximo como a nós mesmos. Às vezes nós ajudamos as pessoas e as socorremos por obrigação ou a contragosto, no entanto a própria Palavra do Evangelho nos mostra que a misericórdia é a primeira regra para a vivência do amor ao próximo. Por isso, o mestre da lei respondendo à pergunta de Jesus sobre quem seria o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes, confirmou: “é aquele que usou de misericórdia para com ele”. A misericórdia, então, é o sinal para que possamos ser “o próximo” de alguém. Agir com misericórdia é fazê-lo por amor a Deus. É acolher a miséria do outro com o amor de Deus e não somente com o nosso amor imperfeito e interesseiro. – Como você costuma agir: como o sacerdote, como o levita, como o samaritano, como o hospedeiro? – Ou você sempre é aquele que desce de Jerusalém para Jericó, se mete em enrascadas e está sempre precisando que alguém se aproxime de si? - Você já experimentou ser aquele que está necessitado e espera o socorro de alguém? - Quando ajuda alguma pessoa você o faz por amor a Deus e com o amor de Deus?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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