Papa Francisco durante a Missa.
Foto: L'Osseratore Romano
Vaticano, 20 Out. 17 / 08:55 am (ACI).- Frente à
justificação da “santidade de imagem” dos hipócritas, o Papa Francisco propôs a
justificação trazida por Jesus, que faz com que “Deus nos perdoe”.
Esta justificação de Jesus exige
obras, porque “as nossas obras são a resposta ao amor gratuito de Deus, que nos
justificou e que nos perdoa sempre. E a nossa santidade é justamente receber
sempre este perdão”.
“É o Senhor, Ele nos perdoou o pecado
original e nos perdoa todas as vezes que O procuramos. Nós não podemos perdoar
os nossos pecados com as nossas obras, somente Ele perdoa. Nós podemos
responder com as nossas obras a este perdão”, explicou o Santo Padre.
O Papa se referiu ao Evangelho do
dia, de São Lucas, para citar “outro modo de buscar a justificação”, muito
diferente do que Jesus explicou, propondo-nos a imagem “dos que se creem justos
pelas aparências”, que “sabem fazer cara de santo, como se fossem santos”.
Francisco se referiu a eles como
“hipócritas, em cujo interior tudo está tudo sujo, mas externamente querem
parecer justos e bons, mostrando que jejuam, rezam ou dão esmola. Mas dentro do
coração não têm nada, não têm substância”.
Esses hipócritas “maquiam a alma,
vivem de maquiagem, a santidade é uma maquiagem para eles. Jesus sempre nos
pede para sermos verdadeiros, mas verdadeiros dentro do coração. Por isso dá
este conselho: quando rezar, reze escondido; quando jejuar, aí sim, maquie-se
um pouco, para que ninguém veja no rosto a fraqueza do jejum; e quando der
esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que faz a direita, faça escondido”.
“Jesus nos pede coerência de vida – sublinhou o
Pontífice –, coerência entre aquilo que fazemos e aquilo que vivemos dentro. A
falsidade faz muito mal, a hipocrisia faz muito mal, é um modo de viver”.
O Papa concluiu a sua homilia pedindo
“a verdade sempre diante do Senhor, sempre. E esta verdade diante de Deus é
aquela que abre o caminho para que o Senhor nos perdoe”.
Fonte:
ACI Digital
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