Entre cães e gatos, a presença do periquito Chiquinho chamou a atenção.
Ele recebeu diretamente às bênçãos do frei Roberto Magalhães ( Foto: Saulo
Roberto )
Há quem - por
afetividade - trate os animais do mesmo modo que os seres humanos. Além de
banho, tosa e carinho, muitos fiéis carregam a crença de que, assim como era no
princípio, todos os seres precisam do alimento do corpo e da alma. Nas
comemorações do Dia de São Francisco de Assis, celebrada ontem (4), igrejas da
cidade deram continuidade à tradição da bênção dos animais e centenas de
devotos ocuparam os templos em busca da harmonia espiritual, para si e para os
próprios pets.
Nascido no século
XII e considerado o protetor dos pobres e dos animais, São Francisco tornou-se
amigo de todas as criaturas ao longo da própria vida, conforme explica o Frei
Aluísio Albuquerque. "Ele via que, assim como os humanos que ele tratavam
com respeito, os animais estavam integrados. O santo viu que era um grande
conjunto de Deus, cada um com suas diferenças, sendo todos irmãos", aponta
o sacerdote.
O Santuário do
Sagrado Coração de Jesus, localizado no Centro, contou com a tradição
movimentação dos animais, no dia da comemoração, ao longo dos largos
corredores. A mistura das preces, latidos e demais sons interromperam o
tradicional silêncio a qual o espaço fica imerso em horários em que não
acontecem as celebrações.
Apesar da
predominância dos cães, o som emitido por um dos animais destacava-se em meio
aos tantos presentes. Tratava-se do periquito Chiquinho, de um ano e meio, que
recebeu diretamente às bênçãos do frei Roberto Magalhães.
Ensinamentos
O protetor do
animal, Danilo Fonteles, fala que o ato serve para rememorar, de modo concreto,
os ensinamentos do santo. "Nós vemos que os animais se tornam a alegria
das pessoas. São seres tão inocentes, que nos fazem lembrar o amor que São
Francisco sempre pregou. Eles merecem serem alcançados pela obra de Deus",
ressalta.
A Paróquia de Nossa
Senhora das Dores, localizada no Otávio Bonfim, celebrou ao fim da missa solene
às bênçãos aos pets. No total, durante o dia, cerca de 50 pessoas estiveram no
templo com os próprios animais.
De acordo com
ministro da Ordem Franciscana Secular, Ivan Moura, a tradição ocorre no local
há mais de dez anos e que o momento de fé é importante para as famílias.
"Nós temos que zelar pela vida, não só dos seres humanos, mas também as
dos animais e da natureza, que trazem bastante felicidade para todos nós",
afirma.
Fonte: Diário do Nordeste
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