27/09/2017 - 4ª. feira XXV Semana comum
– Esdras 9, 5-9 – “um resto de povo”
Nesta leitura nós vemos que o sacerdote Esdras fazia oração de reconhecimento do seu ser pecador e agradecia pela graça de Deus em preservar dentre eles, um resto de povo para reconstruir a nação de Israel. Ao mesmo tempo, ele manifestava a sua angústia e envergonhava-se por causa das faltas do seu povo desde o tempo dos seus pais: “uma grande culpa pesa sobre nós; por causa de nossas iniquidades, nós, nossos reis e nossos sacerdotes, fomos entregues às mãos dos reis estrangeiros..” Hoje também há somente um “resto” que verdadeiramente tem o coração voltado para Deus e, por isso, o Senhor o preserva, concedendo-lhe que se fixe em seu lugar santo. No mundo onde habitam bilhões de pessoas, poucos reconhecem a Deus como Senhor de suas vidas, somente alguns se reconhecem pecadores necessitados do perdão de Deus, e quase ninguém exercita a vivência dos ensinamentos do Deus que criou o céu, a terra e tudo o que neles há. Somente um resto teve a graça de ser libertado do cativeiro da Babilônia e, assim, construir o templo de Deus. Hoje também, o templo do nosso ser encontra-se em ruínas porque não atentamos para a grandiosidade do Plano da Salvação. No entanto, a culpa que pesava sobre aquele povo de Israel, no tempo de Esdras, hoje já não pesa sobre nós porque Jesus Cristo já a liquidou. Todavia, por causa do pecado original, ficaram em nós as marcas da perversidade e o germe da iniquidade ainda continua nos perseguindo. Por esta razão também, muitos de nós ainda não assumimos a verdade de que Jesus já nos libertou. Continuamos fazendo as mesmas coisas e a nossas faltas também hoje, se acumulam até o céu. O pecador, no entanto, que reconhece o seu pecado e confiando na misericórdia do Senhor, se arrepende, tem a graça de ser reconstruído. O Senhor não desiste de nós e a cada momento, Ele nos dá oportunidade para o arrependimento, para a reflexão da Sua Palavra e deseja que todos participemos desse “resto” que é chamado de os “pobres de Deus”, para que, embora não tendo nada, tenhamos TUDO.- Diante de Deus você reconhece a sua iniquidade como também, a da sua família? - Você se considera uma pessoa boa, honesta, trabalhadora, cumpridora dos deveres, bondosa, compreensiva, acolhedora, etc.? - Quais são os seus defeitos? Exponha-os hoje, diante do Senhor, assim como fez Esdras. - Você já se apoderou da salvação de Jesus? - Você traz algum sentimento de culpa por alguma coisa passada? Exponha-se diante de Deus, pois Ele quer hoje, perdoá-lo (a).
Salmo - Tobias 13 – “Bendito seja Deus que vive eternamente!”
O salmista exalta a bondade do Senhor e, ao mesmo tempo, agradece pelas Suas admoestações quando nós nos desviamos do caminho certo. Todos nós sabemos que as nossas faltas nos trazem consequências funestas, mas, muitas vezes não avaliamos as nossas ações. Porém, até os nossos erros são motivo para que , reconhecendo-os, sirvamos de exemplo e de testemunho para os outros. Somos castigados por nossos pecados, porém o amor de Deus haverá de nos salvar. “Porque vós castigais e salvais”. Portanto, estejamos firmes, Deus não nos esquece.
Evangelho – Lucas 9, 1-6 – “o segredo para evangelizar”
Do mesmo modo como Jesus formou os Seus discípulos e deu a eles conhecimento do Pai e dos Seus mistérios, enviando-os para espalhar pelo mundo a Boa Nova da Salvação, somos também formados para cumprir com a nossa missão de evangelizadores. Sabemos que não somos capazes, porque carregamos em nós a fragilidade do nosso ser pecado, porém, também, os discípulos e os apóstolos, eram pecadores, doentes e mal acostumados. Jesus não escolheu os melhores, no entanto, na medida em que caminhavam com o Mestre, eles encontravam o sentido para as suas vidas e se ajustavam ao plano de Deus, como Seus cooperadores. Assim também nós que nos aproximamos de Jesus para ouvi-Lo e apreender os Seus ensinamentos, precisamos nos deixar curar, esvaziar de nós mesmo para que possamos ser enviados a proclamar ao mundo o reino de Deus. Jesus nos chama para, curar doenças, libertar os cativos, levar a paz, e muito mais, Ele nos ensina o segredo para evangelizar: “Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas”. O que isto quer dizer? Significa que precisamos nos despojar de toda segurança humana, de toda opinião própria, de toda e qualquer proteção dada pelos homens para que levemos apenas o pensamento de Deus. Somos enviados por Jesus com a graça e o poder do Espírito Santo, portanto, são dispensadas as nossas seguranças, a nossa mentalidade, a nossa vontade própria tudo que nos dá preocupação, que nos afasta do objetivo de irradiar no mundo o amor de Deus. Não são as nossas posses, os nossos bens, ou qualquer coisa que possuímos que atrairá os nossos irmãos para conhecer a Jesus, mas sim o nosso testemunho de vida transformada, a nossa conduta iluminada pela Palavra de Deus. Isto sim é o que nos basta! A quem é enviado por Deus, Ele promete: “vida, veste e pão. ” Até aqueles que não nos acolhem, para nós não se constituem empecilho, porque o Senhor não nos manda enfrentá-los, mas, sim, passar adiante à procura daqueles que realmente desejem entrar no reino de Deus. - Você já se sente apto (a) a propagar a Boa Nova da Salvação no mundo? - Você já evangelizou alguma vez? - Como você tem saído para anunciar ao mundo que Jesus está vivo? – O que você tem levado e em que você confia? - Você já reconhece que foi enviado (a)?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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