ROMA, (ACI).- Está circulando nas
redes sociais um vídeo no qual o Pe. Tom Uzhunnalil publica uma mensagem a
todos aqueles que rezaram a Deus pela sua libertação depois do sequestro que
sofreu nas mãos do Estado islâmico (ISIS).
No início do vídeo, Pe. Tom afirmou
que “Deus é grande, seu amor é eterno. A sua misericórdia é infinita. Tem um
propósito para nossas vidas e tudo o que passei, definitivamente tinha um
propósito”.
O sacerdote natural da Índia
assegurou que recebeu “as orações e o amor de todos vocês em meu nome diante
nosso Deus e Ele ultimamente respondeu”.
“Sou livre e estou feliz e grato a
Deus por cada um de vocês, pelo seu amor, pela sua preocupação comigo, pelas
suas orações. Que Deus abençoe cada um de vocês e abençoe todos aqueles que por
Deus fizeram com que este dia fosse possível. Que Deus os abençoe junto com
seus entes querido”, expressou.
“Estou feliz, sinto-me forte na minha
mente e alma”, acrescentou.
O presbítero salesiano indicou que
ainda precisa se recuperar das suas fraquezas físicas e afirmou que não sofre
de “nenhuma doença além da diabetes. Fui visitado por médicos que estão me
ajudando”.
O sacerdote também tem certeza de que
“Deus me trouxe de volta à missão que quer que eu realize até quando Ele
quiser”.
Em seguida, manifestou que,
“ultimamente, desejo que todos vocês junto comigo louvemos a Deus em seu Reino
celeste quando Ele nos chamar. Que Deus abençoe a cada um de nós”.
Pe. Tom concluiu a sua mensagem
agradecendo “novamente a todos pelas suas orações, seu amor e sua preocupação”.
Este sacerdote salesiano foi
libertado em 12 de setembro depois de permanecer durante 18 meses nas mãos do
Estado Islâmico. Foi sequestrado pelos terroristas quando invadiram um asilo de
idosos e pessoas com deficiências que era administrado por religiosas das
Missionárias da Caridade em Áden, no Iêmen. Durante o ataque assassinaram
quatro religiosas e doze idosos.
Em uma carta divulgada pelo Reitor
Mor dos salesianos, Pe. Angel Fernández Artime, indicou que a Congregação Salesiana
“não pediu o pagamento de nenhum resgate e não sabe se foi realizado nenhum
tipo de pagamento”.
Além disso, agradeceu “à Sua
Majestade, o Sultão de Omã e às autoridades competentes do Sultanato pelo
trabalho humanitário que realizaram”.
A Santa Sé assinalou em um comunicado
que o Pe. Tom “ficará hospedado por alguns dias em uma comunidade salesiana em
Roma antes de voltar para a Índia”.
Na quarta-feira, 13 de setembro, o
sacerdote indiano encontrou com o Papa Francisco no Vaticano. Ambos se
abraçaram e o Pontífice disse que continuará rezando por ele, como fez durante
o seu cativeiro.
Pe. Tom explicou que sua maior
tristeza durante o cativeiro foi não poder celebrar a Eucaristia,
“embora todos os dias repetisse dentro de mim, no meu coração, todas as
palavras da celebração”.
Também indicou que lembra-se das
religiosas e dos idosos que morreram nas mãos dos jihadistas.
Por sua parte, em uma reunião em
Roma, Pe. Fernández Artime entregou ao sacerdote a sua própria cruz como “sinal
de que todos os salesianos estão contigo agora e para sempre”.
Além disso, disse que a Virgem Maria e São
João Bosco “fizeram tudo” para que ele fosse libertado. Quando disse-lhe “não
duvido que a Mãe te acompanhou todos os dias”, Pe. Tom disse que sim.
“Meus últimos pensamentos vão para a
tua família de sangue porque sofreram tanto, não duvido que viverão momentos
bonitos onde estarão muito felizes pela tua presença”, manifestou o Reitor Mor
dos Salesianos.
Fonte:
ACI Digital
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