03/06/2017 - Sábado – VII SEMANA DA PÁSCOA
- Atos 28,16-20.30-31 – “algemado pela esperança”
Quando acompanhamos o relato dos Atos dos Apóstolos, nós percebemos que no reino de Deus as coisas são diferentes do que nós presenciamos nos reinados aqui da terra. Assim, pois, vemos que São Paulo foi preso por lutar pela vida dos seus algozes. O Espírito Santo o conduzira a Roma e agora, ele estava prisioneiro e algemado porque anunciava a esperança para o povo de Israel falando para os judeus que o acusavam e não queriam acolher a sua mensagem. Paulo, porém, não desistia, porque tinha consciência de que era essa a sua missão e o seu chamado. Ele poderia ter negado sua fidelidade ao Evangelho e exonerar-se diante das acusações ou ter se defendido, lavado as suas mãos já que os judeus rejeitavam a libertação que Jesus viera propor, porém, “ com toda a coragem ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo!” Paulo lutou até o fim, cumpriu a sua missão. E nós? A nossa casa e a nossa família são também como o povo de Israel, onde precisamos falar de Jesus e dar testemunha de uma vida renovada. Todavia, nem sempre somos acolhidos (as) e muitas vezes somos até perseguidos (as) e discriminados (as). Será que temos desistido dos nossos encargos por causa disso? Na maioria dos casos nós facilmente lavamos as mãos e nos omitimos com medo das consequências que podem advir com a nossa insistência. Preferimos agradar a todos entrando no ritmo do mundo como os demais. Temos medo da “prisão e das algemas de Deus” que nos envia a ensinar na nossa casa e por onde andamos as coisas que se referem ao Senhor Jesus Cristo. As algemas de Deus para nós são em vista de nova perspectiva para o nosso povo, portanto as nossas dificuldades e lutas são sinais de esperança. – Em algum momento da sua vida você sentiu-se “prisioneiro (a)” de Deus? - Você tem anunciado a esperança para a sua casa? – Você tem feito isto, ou tem desistido diante do aparente fracasso? – Em que consiste a sua esperança?
Salmo 10 – “Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face”
O salmo confirma justamente o agir coerente de Paulo: “quem tem reto coração há de ver a vossa face”. Nós vivemos aqui, mas temos a nossa esperança posta na vida eterna. Ter reto coração é ser coerente com a proposta de vida nova que Jesus veio nos dar e não distanciar-se do olhar do Senhor que está voltado para nós.
Evangelho – João 21, 20-25 – “Jesus nos diz, pessoalmente, “Tu, segue-me!”!
São João dá testemunho das últimas recomendações de Jesus, depois de ser ressuscitado e antes de subir ao céu. Neste Evangelho vemos como Jesus desvendava para os apóstolos os mistérios que lhes estavam reservados como que para animá-los e dá-lhes força para continuarem firmes até o tempo que lhes fosse necessário. Unidos ao Jesus, pelo poder do Espírito Santo nós também poderemos assimilar o que o Senhor tem preparado para a nossa vida. Para cada um de nós o Senhor tem um desígnio. A nossa história é diferente da de todo o mundo, nós somos únicos e temos um chamado pessoal. Pedro queria saber de Jesus o que iria acontecer a João e dava sinais de dúvidas em relação ao discípulo que Jesus amava. Jesus, porém, dizia: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!” Não precisamos nos importar com aqueles (as) que ainda não acompanham Jesus, pois o Senhor tem uma hora destinada a cada um. O plano de Deus para nós é perfeito e tem um sentido definido e uma marca singular, portanto, ao invés de nos preocuparmos com o projeto de Deus para as outras pessoas nós deveríamos estar atentos à voz de Jesus que nos diz, pessoalmente, “Tu, segue-me!” É importante que permaneçamos quietos (as) e abandonados (as) às sugestões do Espírito que perscruta o nosso coração e sabe precisamente do que nós necessitamos. Devemos nos alegrar quando o Senhor nos chama particularmente, pois assim, nós entendemos que a vontade de Deus está se cumprindo em nós. - Por que nos preocupamos com a caminhada dos outros? – Por que não aceitamos a nossa missão sem deixar de fiscalizar a missão das outras pessoas? – Você está seguro (a) de que tem feito o que lhe cabe? – Como você vê as outras pessoas que não estão fazendo igual a você? – Você se acha superior a elas?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade
Missionária Um Novo Caminho
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