Somente «prestando uma atenção especial às situações de apreensão, de pobreza e de dificuldade» é «possível anunciar o Evangelho a todos».
É esta a lógica da reforma do sistema informativo da Santa Sé, desejada pelo Papa, que a explicou recebendo na manhã de 4 de maio os participantes na primeira plenária da Secretaria para a comunicação. O dicastério «que completará dois anos no próximo dia 27 de junho — observou Francisco — está em plena reforma». Mas, advertiu, «não devemos ter medo desta palavra. Reforma não quer dizer “caiar” um pouco as coisas: reforma significa dar outra forma às coisas». E, prosseguiu, «é preciso realizá-la com inteligência e mansidão, mas também com um pouco de “violência”, mas boa, violência boa».
A tal propósito, o Pontífice frisou que a reforma dos meios de comunicação do Vaticano «já está a dar passos irreversíveis». De resto, «não se trata de uma coordenação, nem de uma fusão de Dicastérios precedentes, mas de construir uma verdadeira instituição ex novo», que tem como objetivo a realização de um «novo sistema comunicativo» no contexto da chamada “convergência digital”. Com efeito, esclareceu o Papa, se «no passado cada modalidade comunicativa tinha os seus próprios canais» e «cada forma expressiva dispunha do seu próprio medium: as palavras escritas, o jornal ou os livros; as imagens, as fotografias e as em movimento, o cinema e a televisão; as palavras proferidas e a música, a rádio e os CDs», hoje «todas estas formas de comunicação são transmitidas com um único código». Por isso, pediu ao pessoal envolvido uma plena «disponibilidade a harmonizar-se com um novo projeto produtivo e distributivo. O trabalho é grande; o desafio é grande, ma pode-se, deve-se fazê-lo», concluiu Francisco.
Fonte: L’Osservatore Romano
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