Franciscano era referência da renovação litúrgica do Concílio Vaticano II para Brasil, América Latina e Caribe

Frei Alberto foi membro da Comissão de Tradutores dos Textos Litúrgicos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), quando funcionava no Rio de Janeiro, entre 1967 e 1973. Mais de dez anos depois, o religioso voltou à CNBB como assessor da Comissão Episcopal para a Liturgia, entre 1986 e 1991. A partir de 1995 voltou a ser coordenador de Traduções e Edições de Textos Litúrgicos da entidade.
Trajetória
O religioso entrou para o seminário em 1948 e foi ordenado padre em dezembro de 1962. Logo em seguida mudou-se para Roma, onde fez a Licença e o Doutorado em Teologia com Especialização em Sagrada Liturgia no Pontifício Ateneu Anselmiano.
A vida de frade foi dedicada praticamente à formação. Foram quase 50 anos de aulas de Liturgia, incluindo a formação litúrgica dos frades; cursos, encontros nacionais e internacionais de Liturgia. Até o diagnóstico da doença, no início de 2017, lecionava Liturgia no Instituto Teológico em Petrópolis, no Seminário Diocesano de Petrópolis e na Pós-graduação de Liturgia, em São Paulo. Desde 2002, lecionava Liturgia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Foram 35 anos de magistério e de animação da vida litúrgica, enfrentando os altos e baixos da reforma e da renovação litúrgica desejada pelo Concílio Vaticano II e promovidas a partir dele.
Da preocupação teológica e espiritual da Liturgia surgiram dezenas de livros sobre o assunto e numerosos artigos que serviram de referência no estudo litúrgico. O missionário e mestre franciscano da Sagrada Liturgia renovada do Concílio Vaticano II era referência para o Brasil, América Latina e Caribe.
O corpo de Frei Alberto Beckhäuser está sendo velado nesta quarta-feira, 29, na capela do Instituto Teológico Franciscano, de Petrópolis (RJ), e o sepultamento acontecerá após a missa de Exéquias, às 16h.
Fonte: CNBB
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