11/02/2017 – Sábado V semana comum
– Gênesis 3, 9-24 – “ o grande pecado de Adão e Eva”
Adão e Eva mesmo depois de desobedecerem a Deus e pecarem não quiseram assumir a culpa dos seus atos e assim se apossarem do perdão do Pai. Por isso, além da desobediência, o grande pecado de Adão e Eva consistiu também em que eles não tiveram confiança na misericórdia de Deus. Pelo contrário, cada um começou a fazer acusação contra o outro, homem acusando a mulher e a mulher acusando a serpente! Ninguém quis assumir a sua falta dando justificativas para a sua ação. Ainda hoje, como que num processo de imitação acontece também assim. Vivemos nos acusando mutuamente e quase sempre não temos a coragem de admitir que estejamos errados (as). Por isso também atraímos a maldição de Deus para as nossas ações e sofremos as consequências do pecado original. Homem e mulher não se entendem e fazem sofrer um ao outro, a terra se tornou inóspita e o trabalho difícil e pesado. Da forma como foi dito por Deus as coisas continuam acontecendo e mesmo que todas as coisas tenham sido criadas para servir ao homem, este só consegue sobreviver se trabalhar e, muitas vezes, o trabalho também se torna escasso; a mulher padece as dores do parto, isto é, sofre pela sua maternidade, pelos filhos que se desvirtuam e, ainda hoje o homem consegue dominá-la pela força. No entanto, nós ainda não percebemos que depende de nós a mudança para que tenhamos uma vida melhor, porque o Senhor nos prometeu que, da descendência da mulher viria Aquele que pisaria a cabeça da serpente, Jesus Cristo. Em Jesus Cristo, o Pai nos revestiu com peles para cobrir a nossa nudez e deu-nos um Salvador para nos tirar da morte. – E você, costuma sempre acusar as outras pessoas pelas coisas que não dão certo? – Qual o seu pecado? – Você tem assumido a culpa pelas suas más ações? – Você agora entende porque a vida se tornou tão pesada? – Você já assumiu Jesus como seu Salvador ?
Salmo 89 – “Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós!”
Ter sabedoria é aproveitar bem o tempo que o Senhor nos dá e reconhecer que só Ele pode nos conceder tudo de que precisamos. Somos mortais, voltaremos ao pó na nossa carne, porém a sabedoria de Deus permanecerá nos conduzindo para a eternidade. Deus é o dono do nosso tempo e o tempo em que vivemos aqui temos como refúgio a proteção do Senhor do céu e da terra.
Evangelho - Marcos 8, 1-10 - “os nossos sete pães e alguns peixinhos”
O mundo não consegue preencher o vazio que há no coração do homem moderno, mesmo que ofereça mil alternativas para que tenhamos uma vida feliz. A multidão que povoa o universo se alimenta de tudo o que o mundo oferece, comemora os grandes feitos da ciência, celebra as grandes conquistas tecnológicas, mas na verdade continua triste, sem esperança, desalentada, ansiosa, e carente. Por isso, do mesmo modo que Jesus olhava para aquele povo do alto do monte, Ele continua olhando hoje, percebendo a situação da multidão que O busca, em diversos lugares e das mais diversas maneiras. Ele conhece as nossas necessidades, e tem compaixão de nós, entretanto quer que tenhamos consciência do que já possuímos e já dispomos. Por isso, antes de qualquer coisa, Ele nos pergunta: “ quantos pães tendes?” Assim dizendo Jesus nos leva a refletir e questionar sobre a nossa real condição de vida. É como se Ele estivesse falando para todos nós: você tem algo, você não é de todo carente; o que você tem eu abençoo e multiplico até que sobre!” O pão representa o alimento que mata a nossa fome material, que sacia a nossa alma, os nossos desejos, mas também significam os dons e talentos que possuímos para bem usá-los e assim participar do aprovisionamento do pão espiritual e material do nosso cada dia. O Senhor nos dá a capacidade de crescermos para que também possamos fazer o outro crescer. Nós precisamos também colocar nas mãos de Jesus os sete pães e alguns peixinhos que são os nossos carismas e habilidades para que Ele, através de nós, possa alimentar a multidão carente que se encontra ao nosso redor: São sete os dons infusos que recebemos no nosso Batismo: temor de Deus, sabedoria, fortaleza, conhecimento, entendimento, piedade e prudência. São sete também as virtudes teologais e cardeais que o Senhor nos concede para crescermos em santidade: fé, esperança, caridade, prudência, temperança, fortaleza e justiça, por conseguinte nunca poderemos dizer que nada temos para oferecer ao irmão. Os peixinhos são também os frutos do Espírito Santo que cultivamos em nós e são preciosos para alimentar as pessoas que nos cercam: amor, alegria, paz, mansidão, paciência, temperança, afabilidade, bondade, fidelidade. Tudo isso colocado à disposição de Jesus servirá para mudar a vida de muitas pessoas no meio da multidão. - E você? Quantos pães possui? Faça o cálculo e os ofereça a Jesus. Ele vai multiplicá-los. – O que você tem feito dos presentes que o
Espírito Santo lhe concedeu? – Você tem alimentado alguém com os frutos que o Espírito tem produzido em si?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade
Missionária Um Novo Caminho
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