Foto: Lusa
Antigo presidente da República faleceu aos 92 anos
Lisboa, 07 jan 2017 (Ecclesia) - O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou
que Portugal deve “muito” a Mário Soares, antigo presidente da República
Portuguesa, que faleceu hoje, sobretudo nos “anos de implementação da
democracia”.
D. Manuel Clemente sublinhou à Agência ECCLESIA o “contributo notável e
irrecusável” do responsável político, considerando que este é um tempo “para
agradecer e enaltecer” o seu papel para o “estabelecimento da democracia em Portugal”.
O antigo presidente da República Mário Soares, de 92 anos, morreu no
Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado desde o último dia
13 de dezembro.
Soares tomou posse como primeiro-ministro do I governo constitucional a
23 de julho de 1976, cargo que viria a ocupar também no II e IX governos
constitucionais; foi presidente da República Portuguesa durante dois mandatos,
entre 1986 e 1996.
Para D. Manuel Clemente, as instituições democráticas em Portugal, como
“felizmente” existem hoje, devem “muito” a Mário Soares, “sobretudo nos anos de
implementação da democracia nos anos 70” do século XX.
“Já antes no seu percurso pessoal, mas para nós todos a partir dos anos
70 e em diante”, acrescentou ainda o cardeal-patriarca de Lisboa, sobre o cofundador
do Partido Socialista.
Em 2007, Mário Soares foi indicado para presidir à Comissão da Liberdade
Religiosa, criada pela Lei 16/2001, cargo no qual seria reconduzido em 2011.
Como presidente da República, Soares recebeu o Papa João Paulo II na viagem
que o santo polaco fez a Portugal, em 1991; antes, a 27 de abril de 1990,
realizou uma visita oficial ao Vaticano.
CB/OC
Fonte: Agência Ecclesia
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