Imagem referencial. Foto: Daniel
Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO, 22 Nov. 16 / 03:00 pm (ACI).- O Vaticano
apresentou a nova Carta Apostólica do Papa Francisco “Misericordia et misera”
(Misericórdia e miséria) com a qual o Pontífice espera que a Igreja prossiga o
caminho de misericórdia e a viva de forma tão intensa como no Jubileu. Além
disso, fez o balanço do Ano Santo que acaba de terminar.
Dom Rino Fisichella, Presidente do
Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e responsável pela
organização do evento, recordou em coletiva de imprensa no dia 21 de novembro
que o desejo do Papa Francisco era “fazer com que os crentes vivessem a
experiência da misericórdia para se converter em instrumentos da misericórdia”.
“Não podemos esquecer que,
entretanto, o Jubileu é essencialmente uma experiência religiosa e espiritual”,
afirmou o Presidente do Pontifício Conselho, que também falou acerca do
percurso para chegar até a Porta Santa da Basílica de São Pedro. Este percurso
“tinha a missão de evidenciar que em meio à cidade e aos turistas fosse criado
um espaço especial para a peregrinação, reflexão e oração”.
A respeito das Sextas-feiras da
Misericórdia, quando uma sexta-feira por mês o Papa saía do Vaticano e visitava
os mais pobres e necessitados, Dom Fisichella afirmou que “surpreenderam a
opinião pública” que “foi colocada de frente com as novas pobrezas do nosso
mundo, mas também a resposta simples e operativa da Igreja”.
O Prelado comentou ainda que, “se
alguns pensaram que o Jubileu seria em primeiro lugar uma fonte de lucros,
sobretudo em um momento de crise como o que estamos vivendo, erraram acerca do
seu significado mais profundo”. “Fiquei chateado, mas cada coisa tem a sua
razão de ser”, sublinhou. “De qualquer maneira, pensar em comprometer um evento
como o Jubileu para instrumentalizá-lo com fins diferentes não merece réplica”,
acrescentou.
Cerca de 950 milhões de pessoas
atravessaram alguma Porta Santa
Dom Rino Fisichella ofereceu cifras
das pessoas que participaram em Roma e em outras partes do mundo do Jubileu da
Misericórdia. “Podemos afirmar com dados seguros que aqui em Roma 21.292.926
peregrinos participaram do Jubileu”.
O grupo mais numeroso foi o
proveniente da Itália, em seguida da Alemanha, dos Estados Unidos, da Polônia e
da Espanha, embora os fiéis tenham chegado de todas partes do mundo e de países
como: Rússia, China, Japão, Venezuela, Chade, Ruanda, Angola ou Nepal.
“Este Jubileu foi o primeiro
celebrado com um caráter universal e, graças a isso, os católicos do mundo
inteiro puderam participar nas catedrais e basílicas das suas dioceses”,
explicou o Arcebispo.
“Nos países onde o catolicismo está
mais enraizado, a percentagem de fiéis que atravessaram a Porta Santa superou
80% da quantidade total de católicos”. A nível global e graças aos dados
reunidos por algumas dioceses do mundo, “foi possível estimar uma participação
média entre 56% e 62% da população católica”.
Enfim, “entre 900 e 950 milhões de
fiéis atravessaram a Porta Santa do dia 8 de dezembro de 2015 até o mês de
novembro de 2016 nas dioceses do mundo inteiro”.
Os santuários também tiveram uma
afluência de peregrinos maior do que o normal, assegurou Dom Fisichella. Por
exemplo, o Santuário de Cracóvia (Polônia) foi meta de peregrinação para 5
milhões de católicos; o de Santiago de Compostela (Espanha) bateu o recorde de
afluência e o de Guadalupe (México) foi visitado por 22 milhões de peregrinos.
O responsável pela organização do
Jubileu também agradeceu aos voluntários. “Foram no total 4.000 voluntários de
36 países diferentes”, afirmou.
“O mais idoso foi um senhor de 84
anos e o mais jovem tinha 18”, revelou. Muitos voluntários “ofertaram o tempo
das suas férias, suas festas ou do seu tempo livre para oferecer uma ajuda
concreta de solidariedade aos peregrinos”.
Dom Fisichella também destacou que durante
o Ano Santo em Roma não aconteceram ataques terroristas e agradeceu as forças
de segurança pelo seu trabalho.
Fonte:
ACI Digital
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