sexta-feira, 28 de outubro de 2016
REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE
28/10/2016 – 6ª. feira - Simão e Judas, apóstolos
– Efésios 2, 19-22 – “somos pedras vivas”
São Paulo nos dá uma grande notícia: Jesus Cristo veio nos dar a dignidade dos santos, filhos de Deus, que é Santo. O fato de sermos da família de Deus significa que pertencemos à linhagem do céu e o nosso destino final é a pátria que nos foi prometida pelo Pai. Usando a figura da construção de um edifício São Paulo nos explica de que maneira fomos integrados no mistério do Amor de Deus que se realiza em Jesus Cristo. Já deixamos de ser pedras soltas, inúteis e passamos a ser pedras vivas inseridas no edifício espiritual que tem como fundamento os apóstolos e profetas e o próprio Jesus como pedra principal. Mesmo que ainda estejamos aqui na terra nós fazemos parte desta habitação imaterial e não somos mais considerados estrangeiros nem migrantes no reino de Deus, mas concidadãos dos santos. Portanto, precisamos tomar consciência de que em Cristo nós somos novas criaturas e estamos integrados (as) neste contexto de santidade. Assim, portanto, nos tornamos morada de Deus pelo poder do Espírito Santo e, todos juntos, formamos um templo santo no Senhor. – Você tem consciência de que é morada de Deus e templo do Espírito Santo? – Você acha que pode separar a sua vida espiritual da sua vida material, física? – O que o seu corpo material faz é aquilo que o seu espírito aconselha? – Você já se considera cidadão do céu, concidadão dos santos?
Salmo 18 – “Seu som ressoa e se espalha em toda a terra”
A primeira manifestação de Deus acontece através da natureza que proclama a Sua glória. Tudo nos fala de Deus! O universo inteiro com o firmamento, a noite, o dia, a chuva, o sol, as estrelas, a lua são para nós mais que discursos e palavras. São a prova do amor infinito de Deus para com o homem, objeto da Sua atenção. Nem precisamos de muitas evidências, nem de muito falatório: mesmo que nada ouçamos, até mesmo que não possamos ver nem tocar, nós podemos intuir, perceber que em nós mesmos (as) estão a grandeza e o poder de Deus.
Evangelho – Lucas 6, 12-19 – “momento de escolhas”
Jesus subiu à montanha para, em oração junto ao Pai, fazer o discernimento sobre a escolha dos doze apóstolos a quem Ele entregaria a Sua Igreja. Ele sabia que não seria uma tarefa fácil , pois teria que escolher dentre muitos, aqueles que seriam os continuadores da Sua obra aqui na terra. Por isso, Ele não saiu ouvindo nem querendo saber a opinião de um ou de outro e não deu ouvidos a fofocas nem insinuações dos discípulos que tinham interesse em ser os primeiros, ou sentar à Sua direita ou à Sua esquerda no reino. Ele foi diretamente saber a opinião do Pai. A nossa vida como um todo é sempre um momento de escolhas e decisões! Deus criou o mundo, e o entregou a nós, homens e mulheres para nele trabalhar e completar a obra que Ele iniciou, mas nos deu a liberdade para optar de acordo com os desafios que encontramos à nossa frente. Por isso, também para nós não é uma tarefa fácil as escolhas que precisamos fazer. Hoje, diante de todos os falatórios, de todas as manifestações, de todas as notícias fantasiosas, de todos os “disse, me disse” que correm soltos, nós também precisamos conversar com o Pai antes de tomar as decisões no nosso dia a dia. Imitando a Jesus nós precisamos, primeiramente, subir à montanha para orar e, diante do Pai, em Nome de Jesus expor as nossas inquietações deixando que o nosso coração e a nossa consciência estejam atentos à Sua resposta. Depois, nós devemos sondar o nosso coração para saber se aquilo que conseguimos apreender e compreender traz para nós a paz interior. A paz é o sinal que Deus nos dá quando precisamos fazer escolhas na nossa vida. Ao descer da montanha, Jesus estava seguro de que os Seus escolhidos eram aqueles a quem o Pai havia destinado para pôr em prática o Seu Projeto de salvação, mesmo que dentre eles houvesse um traidor, um covarde e muitos com o interesse de ser os maiores. Quando estamos firmes no Senhor não precisamos nos apavorar, pois mesmo que escolhamos alguém que nos decepcione, temos consciência de que fizemos o que precisava ser feito: subimos ao monte para orar e fazer o discernimento com Aquele que tem o poder para dar autoridade a quem nós escolhermos. Façamos nossas escolhas diante de Deus e deixemos que o nosso coração sinta a paz do dever cumprido. Porém, tenhamos como propósito não deixar que os nossos “achismos” atrapalhem o sentido da verdadeira paz. – Você também costuma subir a montanha para orar ao Pai antes de tomar suas decisões? – Você confia em que o Senhor sempre dá o direcionamento seguro mesmo que em determinado momento haja algum contratempo? – Como você tem feito isto?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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