06/09/2016 - 3ª. Feira – XXIII semana do tempo comum
- 1 Coríntios 6, 1-11 – “livres para entrar no reino dos céus! ”
“Será, então, que aí entre vós não se encontra ninguém sensato e prudente que possa ser juiz entre irmãos?” Com estas palavras São Paulo nos exorta a vivermos em comum unidade sem nos valer dos critérios injustos do mundo, mas colocar em prática os ensinamentos de Deus. No mundo as questões são “resolvidas” segundo o juízo dos homens injustos que têm seus próprios interesses, porém, numa comunidade cristã e na família que vive o Evangelho é incompreensível a ação de se colocar alguém na justiça, segundo os critérios do mundo. Assim sendo, nós precisamos nos vigiar e estar atentos (as) às nossas ações do dia a dia. Muitas vezes fazemos questão por coisas insignificantes somente por birra e colocamos as pessoas do nosso relacionamento, expostas aos juízos do mundo, quando tudo poderia ser resolvido por nós com bom senso segundo os discernimentos evangélicos do amor da misericórdia e da compreensão. Se colocássemos os nossos questionamentos para serem resolvidos à Luz do Evangelho, pela oração e pelo diálogo, com certeza, todas as divergências seriam resolvidas. Segundo São Paulo, os santos julgarão o mundo! Os santos são aqueles que buscam fazer em tudo a vontade de Deus e, por isso são, para o mundo, exemplos de homens retos, ajustados à vontade do Pai e não incorrem nas mesmas práticas daqueles que têm a mentalidade do mundo. São Paulo também diz que não entrará no reino dos céus todo aquele (a) que praticar coisas contrárias à vontade de Deus. Essas práticas barram a graça de Deus em nós e nos impedem de viver o clima de santidade dentro do que o Senhor espera de nós. O reino de Deus é um estado de espírito, de intimidade com o Senhor e não combina com práticas que nos tiram do Seu convívio. Por isso, as paixões, as contendas, os vícios, a libertinagem, imoralidades, adultérios são ações que nos tiram do reino. Todos nós, que cremos em Jesus, outrora, de uma forma ou de outra, podemos ter praticado algo abominável, no entanto, fomos lavados, santificados e justificados pelo nome de Jesus Cristo e pelo Seu Espírito Santo. Consequentemente, estamos livres para entrar no reino dos céus. – Leia atentamente a relação das coisas impróprias para quem deseja entrar no reino de Deus e medite sobre a sua condição de vida: imorais, idólatras, adúlteros, efeminados, pederastas, ladrões, avarentos, beberrões, insolentes, salteadores.
Salmo 149 – “ O Senhor ama seu povo de verdade”
O Salmo nos manda cantar a Deus um canto novo! Como será esse canto novo? De onde sai o louvor que se presta ao Senhor? O canto novo é um canto que sai de um coração novo, renovado no Espírito, que sente a alegria de ser amado por Deus. O canto novo é cantado por todos os santos e pelos anjos no céu e na terra quando estes se ajuntam a nós em louvor a Deus.
Evangelho – Lucas 6, 12-19 – “dentre muitos, escolheu somente doze”
Por diversas vezes no Evangelho tomamos consciência de que Jesus se retirava para orar e entrar em intimidade com o Pai. Neste texto o Evangelista Lucas menciona que Ele subiu à montanha para rezar, passou a noite toda em oração a Deus e quando desceu o monte escolheu os doze apóstolos que O seguiriam e a quem Ele entregaria a Sua Igreja. Percebemos, então, que somente depois de escutar o Pai e ouvir d’Ele o direcionamento foi que Jesus tomou a iniciativa de reunir os Seus discípulos e fazer a escalação conforme o Pai lhe segredara. Ao amanhecer Ele já sabia o que fazer e, entre muitos, escolheu somente doze. Jesus não escolheu os melhores, pois, dentre
eles havia traidores, descrentes, pretensiosos, interesseiros e nenhum deles era exemplo de santidade. No entanto, Jesus tinha a convicção de que os escolhidos eram os eleitos do Pai e, por isso, não relutou em chamá-los. O Plano era do Pai e Ele viera cumprir fielmente tudo o que lhe fora ordenado. Para muitas coisas na vida nós nos preparamos, aprimoramos e nos exercitamos. Contudo, na maioria das vezes, nas tomadas de decisões nós nos atrapalhamos e não temos o mesmo cuidado. Agimos por impulso, por sentimento, por preferências pessoais. E, quando algumas vezes nos prostramos aos pés do Pai pedindo orientação para as nossas dificuldades, falta-nos, no entanto, a paciência para esperar o fruto das escolhas que fazemos sob a orientação do Espírito. No primeiro contratempo nós já estamos nos decepcionando e nos frustramos porque compreendemos que fizemos as escolhas erradas e culpamos a Deus pelos acontecimentos. Jesus nos ensina a viver uma vida em conformidade com o pensamento de Deus escutando-O por meio da oração e da Sua Palavra. Somente assim poderemos descobrir o que é ou não agradável ao Pai a fim de cumprir no mundo a missão que nos foi designada. Na oração e na reflexão da Palavra somos instruídos sobre o que fazer antes de tomar qualquer decisão ou de resolver qualquer problema, de escolher e de fazer opções ou mesmo antes de enfrentar as multidões. Jesus sabia que na Sua Missão teria de enfrentar dificuldades também com os Seus escolhidos. Sabia que estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo assim não desistiu e foi com eles, até o fim. Precisamos também estar firmes e convictos em tudo quanto nos for revelado pelo Pai, em oração. A Sua Palavra é a garantia para confirmar o que Ele nos confidenciar durante a oração. Não tenhamos medo de confiar na força do Espírito Santo quando precisarmos de orientação. Jesus é o nosso modelo, o nosso Mestre e com Ele nós aprendemos a viver, sem temor, tudo o que o Pai nos preparou. – O que você faz quando tem que tomar uma decisão importante; pede o conselho dos homens, ou o conselho de Deus? – Você se reúne com alguém em oração para fazer suas opções de vida? – Você pede ajuda a pessoas que têm intimidade com Deus? – Você costuma orar pedindo discernimento para suas ações? - Qual é a sua reação quando você ora e as coisas não acontecem de acordo com o que você esperava?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo
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