domingo, 25 de setembro de 2016

BEATIFICAÇÃO DO PADRE ENGELMAR UNZEITIG, O "ANJO DE DACHAU"


Würzburg (RV) – O Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, preside, neste sábado (24/9), em nome do Papa, em Würzburg, Alemanha, a uma Santa Missa de Beatificação de Engelmar Unzeitig, sacerdote professo da Congregação do Missionários de Mariannhill.
 
No último dia 21 de janeiro, Francisco reconheceu, oficialmente, o Padre Engelmar Unzeitig, chamado “anjo de Dachau”, como mártir, assassinado pelos nazistas por ódio à fé.
Sacerdote
Padre Engelmar Unzeitig foi um jovem sacerdote de origem tcheca preso pelos nazistas em 21 de abril de 1941. Ele havia sido acusado de “pregar contra o Terceiro Reich, especialmente contra as medidas tomadas em relação ao povo judeu, como também por incentivar a sua Congregação a permanecer fiel a Deus e a resistir contra as mentiras do regime nazista”.
O sacerdote foi enviado para o Campo de extermínio alemão de Dachau, conhecido como “o maior mosteiro do mundo” por ter hospedado cerca de 2.700 clérigos, dos quais 95% eram sacerdotes católicos poloneses, ali martirizados.
Padre Engelmar tinha 30 anos e havia sido ordenado sacerdote dois anos antes de sua prisão em Dachau. Nasceu em 1911 em Greifendorf, na atual República Tcheca. Ingressou para o seminário aos 18 anos junto à Sociedade Missionária Mariannhill. Seu lema era: “Se ninguém mais for: eu vou!”.
Maus-tratos
Padre Engelmar, durante sua prisão, estudou a língua russa para ajudar os que chegavam da Europa Oriental. Devido à sua atitude de serviço aos outros foi considerado “santo” dentro do Campo de Dachau.
Os sacerdotes e os ministros religiosos eram tratados de modo imprevisível: às vezes, podiam rezar e, outras vezes, eram punidos severamente. Certa vez, par celebrar uma Sexta-feira Santa, os nazistas selecionaram dezenas de sacerdotes e os torturaram.
Ao longo dos anos, Padre Engelmar gozava de boa saúde, apesar dos maus-tratos. Entretanto, quando uma epidemia de febre tifóide atingiu o campo, ele e outros 19 sacerdotes se ofereceram como voluntários para atender aos doentes e moribundos, correndo o risco de serem assassinados: davam banho nos doentes, cuidavam e rezavam com eles e lhes administravam a unção dos enfermos.
Testemunho
Apesar das duras circunstâncias, Padre Engelmar encontrou tempo, esperança e alegria para praticar a sua fé, como testemunham suas cartas escritas à sua irmã.
Em 2 de março de 1945, Engelmar Unzeitig morreu de febre tifóide junto com outros dois sacerdotes voluntários. O campo de extermínio de Dachau foi liberado pelos soldados americanos, algumas semanas depois. (MT)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

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