19/08/2016 - 6ª. Feira – XX Semana do tempo comum
- Ezequiel 37,1-14 – “os nossos ossos secos”
Esta leitura nos leva a meditar que vivemos aqui na terra e às vezes, nem sabemos o sentido da nossa existência. Por isso, interiormente poderemos também nos sentir como ossos ressequidos pelas dificuldades da vida, pela falta de esperança e porque vemos a maldade anunciada pelos noticiários, nos rodeando por todos os lados, todos os dias da nossa vida. Terminamos por fazer todas coisas automaticamente, e quase nem percebemos que falta vida às nossas ações, aos nossos projetos, ao nosso caminhar, trabalhar, etc. Deus nos olha do céu e nos percebe como um montão de ossos secos. E como aconteceu na visão do profeta Ezequiel, Ele também deseja nos dá novamente, não só apenas nervos, carne e pele, que significam sentimentos, emoções, coração, mas também e principalmente, um espírito novo, animado pelo Seu Espírito que nos possa fazer reviver. O Espírito Santo vem do alto, do coração de Deus e, como o vento, sopra sobre nós para nos colocar de pé. Mesmo assim, muitas vezes continuamos como mortos porque não nos apossamos do Espírito Santo que é soprado dos quatro ventos do céu. Não podemos continuar no anonimato da vida, sem entender nada do que se passa à nossa volta e procurando apenas “escapar” dos assaltos, sequestros, violência, fome, miséria, por conta própria. O Senhor abre as nossas sepulturas e nos retira do estado de penúria, mas, sobretudo, nos dá uma arma poderosa para que possamos enfrentar os dias maus, o Espírito Santo. Por isso, não precisamos mais nos afligir nem tentar fazer valer a nossa incapacidade, o Senhor é o nosso Deus, todo poderoso! É Ele quem nos dá o Espírito Santo, sem medidas para ungir os nossos ossos secos e nos fazer nascer de novo! – Você já se apossou do Espírito que vem dos quatro ventos do céu? – Como você reage diante das notícias funestas? – Você às vezes também parecer estar morto (a)? - Você acredita que o Senhor pode fazer consigo o que fez com o montão de ossos ressequidos?
Salmo106 – “Daí graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!”
O salmo retrata a angústia dos que caminham no deserto da vida, sofrendo as intempéries da fome e da sede. Os que estavam já definhando e gritaram ao Senhor na aflição, e Ele os libertou. Somos nós este povo que caminha no meio das desgraças, mas que conta com o auxílio e com a graça do Deus que liberta. Ele nos dá de beber para matar a nossa sede e nos sacia com a sua graça para matar a nossa fome.
Evangelho – Mateus 22, 34-40 – “Fomos criados, por amor e para o amor”
O caminho para a Terra Prometida é a vivência do Amor de Deus. O próprio Deus se comunica com o Seu povo por meio da Bíblia para lhe indicar como isto pode acontecer. Jesus, então, nos ensina que amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos é o resumo de toda a lei e dos profetas. Deus nos chama insistentemente para nos deixar amar por Ele e viver esse amor nos nossos relacionamentos. Fomos criados, por amor e para o amor e só encontraremos a felicidade quando vivenciarmos o amor no nosso dia a dia. O Senhor nos oferece o Seu amor para que possamos usá-Lo sem medidas usando a fonte que existe em nós. Jesus nos esclarece também que não há um mandamento maior que o outro, assim sendo, os dois mandamentos a que Ele se refere, são semelhantes. Podemos concluir que não nos adiantará amar a Deus de todo o coração com toda a nossa alma e com todo o nosso entendimento, se não amarmos, semelhantemente, ao nosso próximo e a nós mesmos, na mesma extensão e com a mesma intensidade. Não podemos colocar “panos mornos” nas palavras de Jesus e esquecer certos detalhes que, às vezes,
fingimos não entender. Somos hipócritas, se dizemos que amamos a Deus, de todo o coração, mas não nos aceitamos, não conseguimos conviver com os nossos defeitos e, por isso, nos rejeitamos e nos odiamos. Da mesma forma, seremos considerados mentirosos se dizemos que amamos a Deus com toda a nossa alma, mas desprezamos o nosso irmão, por causa dos seus erros e dos seus defeitos. O amor exige de nós a compreensão para as suas consequências, por isso, também não podemos dizer que amamos a Deus com todo o nosso entendimento, se deixamos de amar alguém porque ele nos fez sofrer. – Você já se deixa amar por Deus? - Você tem consciência do seu amor por Deus e por si mesmo (a)? – É assim que você também ama o seu próximo? – O que você diz deste ensinamento de Jesus? – Ele poderá ajudá-lo de hoje em diante a ter uma nova visão do amor?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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