22/03/2016 - 3ª. Feira –Semana Santa
- Isaías 49,1-6 - “Dentro de cada um de nós há um desígnio para a vocação de servos”
O servo perfeito, aquele que foi escolhido desde o ventre de sua mãe para levar ao mundo a verdadeira religião a fim de glorificar o Nome de Deus, é Jesus. Ele é o Servo perfeito que cumpriu Sua missão fielmente e fez o que era justo, segundo a vontade de Deus Pai vindo ao mundo para pôr em prática o Projeto de Salvação de Deus, demostrando que o Seu exemplo deve ser seguindo por nós. Dentro de cada um de nós há, também, um desígnio da nossa vocação de servos e de servas do Senhor. Segundo a profecia de Isaías, porém, não podemos nos contentar somente em servi-Lo por meio do louvor e da adoração, mas, levar ao mundo a Sua Luz e manifestar a sua glória a todas as nações. Nós, que seguimos os passos de Jesus, somos também escolhidos desde o seio materno para ser aliança entre as pessoas levando a Luz de Cristo a todos os lugares. Ser luz é iluminar, aquecer, revelar, tirar as pessoas da ignorância a fim de que vivam uma vida diferente. Aquele (a) que leva a Luz de Deus ao mundo chama a atenção das outras pessoas. Desde o ventre de nossa mãe o Senhor também tinha em mente o nosso nome e nos preparou para que fôssemos Seus colaboradores na restauração da humanidade da qual fazemos parte. Quando cumprimos com a missão de servos e de servas seguindo os passos de Jesus podemos ter a certeza de que estamos glorificando a Deus e podemos afirmar com convicção: “eu sou a glória de Deus”. Nós somos a glória de Deus e através de nós o Seu amor vai se espalhando e exalando no mundo o aroma da Salvação de Jesus. - Você já sabia que é a glória de Deus? Sabia que Deus manifesta a Sua glória através de você, das suas ações, do seu testemunho, da sua vivência no mundo? - Como você tem manifestado a glória de Deus no mundo? As pessoas reconhecem isso em você? O que está faltando para que isso aconteça?
Salmo 70 – “Minha boca anunciará vossa justiça!”
Precisamos ter consciência de que, se o Pai nos escolheu para sejamos seus servos e suas servas, Ele tem para conosco todo o cuidado e estará sempre e para sempre nos guiando na nossa marcha de volta para a Sua casa. O salmista exalta a proteção de Deus desde o começo da nossa existência e diz que Ele é a nossa esperança e o nosso apoio desde o seio maternal, por isso, a nossa boca deverá anunciar todos os dias a Sua justiça.
Evangelho – João 13,21-33.36-38 – “ os protagonistas da Última Ceia”
Na Ultima Ceia Jesus reúne os seus discípulos e revela a eles o que estava para acontecer não escondendo nada, nem o que estaria guardado dentro dos corações deles próprios. Assim sendo, comovido Ele ousava testemunhar que a traição de Judas parecia ser um fato já esperado e que não lhe causaria nenhuma surpresa.
A maioria dos discípulos, no entanto, ficou atônita e confusa, pois não entendia nada do que Jesus estava falando. Neste contexto, nós conseguimos captar a reação dos três discípulos que tiveram uma atuação marcante no episódio da Paixão e Morte de Jesus Cristo. Pedro, João, Judas, três discípulos com características diferentes. Pedro, com seu jeito insistente, questionador, inconsequente, agitador, aquele a quem vez por outra Jesus mais admoestava, pois conhecia o seu coração contraditório, queria explicações e apelava para a intimidade do discípulo amado com o Mestre. João, consciente de que era amado, teve liberdade de se recostar no peito de Jesus e argui-Lo, ouvindo as confidencias do Mestre e tomando conhecimento dos Seus segredos. Judas, discípulo igual aos outros, mas com uma missão traiçoeira que somente Jesus já percebera estava atento à hora em que iria entrar em ação. E só isso lhe importava! Jesus prosseguia na sua missão mesmo sabendo que iria ser traído por Judas e que Pedro o negaria. No entanto, não desanimava diante da perspectiva de que seria abandonado pelos Seus servos e tentava antecipar para eles o mistério que logo mais iria ser desvendado.
Trazendo esta reflexão para a nossa vida pessoal, chegamos à conclusão de que dentro do contexto das nossas ações humanas sempre haverá alguém que terá a função de trair. Por essa razão, precisamos sempre nos manter atentos (as), a fim de que a nossa fraqueza não nos imponha o papel de traidores (as). Nós também temos dificuldades de entender os sinais de Deus e, por isso mesmo, muitas vezes, olhamos para as “evidências” e julgamos os outros, sem nos apercebermos de que também somos capazes de trair a Deus. Nunca atinamos que poderemos ser os responsáveis pelas coisas que não dão certo e não admitimos as nossas atitudes de incoerência. O Senhor, porém, que conhece os nossos corações, sabe, de antemão, quando o haveremos de trair, de negar, mas também tem ciência do quanto O poderemos glorificar quando cumprimos com a nossa missão. Hora nós agimos como Pedro, hora nós somos como Judas. Peçamos ao Senhor a graça de sermos sempre como João, conscientes de que somos verdadeiramente amados por Ele. Que possamos nos recostar no peito de Jesus, e na intimidade com Ele, escutando as Suas confidências pedir para que nunca estejamos entre os infiéis e traidores. – Você se sente um discípulo, uma discípula amada? – Você tem se recostado no peito de Jesus para ouvir o que Ele tem a lhe falar? - Você sabia que trai a Deus quando não está vivendo segundo a Sua vontade? - Você sabe que negar a Deus é não dar testemunho dos dons e das graças de Deus na sua vida? – Você acha que o Senhor conhece o seu coração?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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