domingo, 3 de janeiro de 2016

REFLETINDO SOBRE O EVANGELHO


Lucas 2, 16-21

SANTA MÃE DE DEUS, SOLENIDADE


A liturgia de hoje é a mias antiga liturgia mariana: Maria Mãe de Deus. Essa definição de Nossa Senhora enche nossa boca – faz vibrar de alegria o nosso coração. Contudo, para os judeus e muitos cristãos não católicos, esse título soa mal. Segundo alguns, não passa de ídolo, adorado pelos católicos, à semelhança do bezerro de ouro... Mas é que nós não adoramos Maria. Adoramos nela – isso sim – a vontade do Pai celeste, que a elegeu como Mãe de Jesus, a quem emprestou a sua própria carne.
Sim, Maria é mãe de Deus. Faz de mil e quinhentos anos que a Igreja, reunida em Éfeso sob a ação do Espírito Santo, proclama esta verdade, para alegria do povo cristão. Parece uma verdade difícil de entender, mas de fato, não é.
Jesus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, é Deus. Encarnado-se no seio de Maria, ele se assemelhou a nós em tudo – menos o pecado – e ganhou um corpo igual ao nosso. A partir daí, ela continuou sendo uma só pessoa, porém com duas naturezas: a natureza divina e a natureza humana, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Natureza divina e natureza humana uniram-se no seio de Maria uma vez para sempre. E continuam unidas na pessoa de Jesus também no céu, para nunca mais se separarem. Maria, dando à luz o Cristo – Homem, da à luz também o Cristo – Deus, já que o Cristo – Homem e o Cristo Deus são uma pessoa só. Portanto, dizer que Maria é apenas Mãe de Cristo – Homem é dizer que em Cristo há duas pessoas o que seria uma grande blasfêmia.
O evangelho desta solenidade é de Lucas (2,16-21). Ele nos mostra a alegria e o entusiasmo dos pastores por terem encontrado Maria, José e o recém – nascido: Jesus.
Celebramos também hoje o dia Mundial pela Paz. Foi criado pelo Papa VI, em 1968, fundamentado em e Efésios (2,14), que afirma que o Cristo é nossa paz, uma palavra desacreditada e ambígua. É uma palavra desgastada como o amor. Para alguns não significa quase nada. Muitos querem a paz empunhando armas. Contudo ela é uma constante histórica com aspiração máxima da humanidade e, no novo tempo, é a ausência mais sentida na história. Sabemos que ao há paz sem justiça e sem perdão, A paz, baseada na justiça e no perdão, é atacada pelo terrorismo inexplicado.


Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo

Nenhum comentário: