Padre Geovane Saraiva*
Estamos entregando ao povo de Deus, neste Natal de 2015, o livro Francisco: o Futuro do Mundo. Nosso objetivo é o de colocar, de um modo renovado e agradecido, na mente e no coração dos amigos leitores, Jorge Mario Bergoglio, eleito papa no dia 13 de março de 2013, escolhendo o nome de Francisco. No dia seguinte, manifestamos em artigo: “Com a chegada do novo Vigário de Cristo na Terra, que o planeta possa ser alegremente contemplado, no sentido de que os cristãos sejam estimulados e fomentados a um grande compromisso de dialogar e cuidar da criação, nas suas mais diversas realidades. O mundo precisa carinhosamente de práticas ecológicas e ambientais, para que a fé da humanidade possa se tornar cada vez mais viva e coerente com aquilo que se acredita”.
A melhor e maior graça do Espírito Santo de Deus para o nosso tempo conturbado, distante do sonho de Deus-Pai, foi a chegada do Papa Francisco, homem de Deus, diferenciado, totalmente despojado e com o coração plenamente aberto aos clamores da humanidade. Homem de Deus e místico, certo na hora certa ele o é. Em um ardente desejo de colocar o futuro do mundo no bom caminho, deu-nos de presente a Encíclica Laudato Si’ (18/06/2015), no mesmo caminho perseguido pelo Salvador da humanidade, a partir da oração encarnada, na fidelidade a Jesus de Nazaré e seu Evangelho.
Associados ao nosso bom Deus, no desejo do Santo Padre de ver novas todas as coisas, podemos repetir: Louvado sejas, meu Senhor, cantava São Francisco de Assis. Nesse gracioso cântico, recordava-nos de que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: “Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras”. Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar os abandonados e esquecidos desta terra que valem tanto aos vossos olhos. Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo, e não o depredemos, para que semeemos beleza, e não poluição nem destruição (Laudato Si’, 1 e 246).
Por que pensar em um “futuro do mundo”? Sem dúvida, falar em futuro é algo meio incerto em nossos dias. Diante de tamanha desvalorização do ser humano, das criaturas e de toda a natureza, o que dizer acerca de um futuro? O Papa Francisco nos apresenta um caminho para a resolução desses questionamentos: reconhecer que as criaturas são presentes de Deus e que devem ser preservadas, que foi dada ao homem a missão de cuidado, isto é, a nós. O Padre Geovane é sensível ao que o Papa pede a todos os cristãos e desenvolve, na referida obra, lançada neste Natal de 2015, na Paróquia de Santo Afonso, a mística terna e solidária do Papa Francisco, de uma maneira simples e acessível a todos. O Papa fala em “louvor das criaturas”, uma preservação ambiental, cuidado com a nossa casa, com o planeta em que vivemos e que foi dado por Deus (Thiago Ibiapina).
A despeito do futuro do mundo, o Santo Padre, o Papa Francisco, falou ao mundo, aos 13 de dezembro de 2015, na alocução precedida do Ângelus: “Hoje é necessário coragem para falar de alegria, é necessário, sobretudo, fé! O mundo é afligido por tantos problemas, o futuro marcado por incógnitas e temores. E ainda que o cristão seja uma pessoa alegre, e a sua alegria não é algo superficial e efêmero, mas profunda e estável, porque é um dom do Senhor que preenche a vida. E a nossa alegria vem da certeza de que o Senhor está próximo”.
*Escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE –geovanesaraiva@gmail.com
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