16/11/2015 - 2ª.feira XXXIII semana comum
1 Macabeus 1,10-15.41-43.54-57.62-64 – “aliança com Deus ou com o o mundo?”
O que aconteceu no tempo dos macabeus, acontece também, hoje, no nosso tempo, quando “pessoas ímpias” , isto é, que não têm nenhum compromisso nem aliança com o Deus verdadeiro, nos levam, sutilmente, a que nos afastemos dos mandamentos da lei do Senhor. É costume, também, hoje, tentarmos “fugir” dos sofrimentos e das dificuldades enveredando por caminhos mais suaves e “asfaltados” que, no entanto, nos levam a erigir altares aos deuses que o mundo idolatra. Assim sendo, nós abandonamos os nossos costumes particulares, como a oração, o jejum, o sacrifício, a renúncia, a vigilância, assim como também, os valores éticos que são a honestidade, a solidariedade, a sinceridade, etc. Cultivamos a mordomia, a passividade, a permissividade, a libertinagem, a corrupção, o individualismo, a falsidade e outras práticas que terminam por nos conduzir para fora dos parâmetros da vontade de Deus para nós. Muitos de nós apoiam o aborto, a ideologia do gênero e continuamos afirmando que somos cristãos católicos. Assim, firmamos um pacto com as nações vizinhas, isto é, com a mentalidade pagã do mundo à nossa volta e assim, violamos a aliança sagrada com o Deus que nos criou e nos formou. Muitos israelitas, naquele tempo, resistiram e decidiram firmemente a não quebrar o compromisso com a sua religião, preferindo a morte. Sobre os outros, que foram seduzidos e se desencaminharam, abateu-se uma terrível cólera. Resta-nos, mais uma vez, avaliar se também nós, somos capazes de resistir aos acenos dos nossos “vizinhos”, mesmo que sejamos levados à morte, pela causa de Jesus. A morte pode significar o desprezo de alguém, a perseguição, a rejeição social, o passar por alguma dificuldade financeira para não se corromper, o ter que trabalhar dez vezes mais para sobreviver, etc... Precisamos, portanto, estar atentos e firmes no nosso lugar e ter cuidado para que não sejamos atraídos pela filosofia do “bem bom”.- Como você se comporta em um lugar em que todos estão se embriagando?- O que você tem feito para fugir das maneiras atrativas de ganhar dinheiro?- O dinheiro de que você dispõe tem o carimbo do céu ou da terra?- Você tem feito algum esforço para ser fiel aos sacramentos e a vida de oração? – o que você acha do aborto e da ideologia do gênero?
Salmo 118 – “Vivificai-me, ó Senhor, e guardarei vossa aliança!”
É nosso dever então, nos voltarmos ao Senhor e a Ele implorar o dom da fortaleza para que não caiamos nas sugestões daqueles que se aproximam de nós com maldade. Ó Senhor, dai-nos vida e santidade, que nós nos indignemos diante dos ímpios que abandonaram a vossa lei. Que possamos guardar a vossa aliança de amor dentro de nós a fim de que aconteça, na nossa vida, a vossa vontade. Libertai-nos da opressão e da calúnia para que possamos viver dentro do Teu amor eterno.
Evangelho – Lucas 18, 35-43 – “Jesus Cristo está passando por aqui”
O homem da história do Evangelho deveria não ser um “cego de nascença”, mas alguém que havia perdido a visão e não conseguia mais enxergar. Apesar de não ver, ele estava atento ao que se passava ao seu redor. Por isso, quando a multidão que acompanhava Jesus passou ele aproveitou para gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim! Todos nós ficamos também como esse cego de Jericó todas as vezes em que nos perdemos de Deus, nos afastamos da vivência da Sua Lei e mergulhamos na escuridão do mundo entregues ao pecado. Não mais enxergamos nem vislumbramos as coisas como antigamente, falta-nos a esperança. No entanto, porém, como o cego da história, todos nós poderemos ter a nossa visão restaurada se estivermos atentos (as), à passagem do Senhor. O cego de Jericó não via, mas ouvia e podia falar, por isso gritou e apesar das pessoas mandarem-no calar-se, ele insistiu. Por causa da sua persistência e determinação, que são atitudes de fé, Jesus o curou da sua cegueira. Quando nós tomamos consciência de que estamos equivocados (as) e que precisamos de conserto, não podemos nos acomodar na “beira do caminho”. Para que sejamos curados (as) da nossa cegueira momentânea ou do nosso entendimento deturpado, precisamos parar para perceber a passagem de Jesus e gritar como o cego o fez: “Jesus, estou aqui, preciso te ver, preciso te servir, cura a minha falta de entendimento, converte o meu coração”. O Senhor vai querer saber de nós o que desejamos que Ele nos faça e a nossa resposta consciente determinará o grau da nossa fé no Seu poder curador. Não percamos a oportunidade, Jesus Cristo está passando por aqui, Ele está no meio de nós e traz a bênção que curará a nossa cegueira e renovará a nossa percepção das coisas do alto. – Você ainda está esperando Jesus passar ou você já percebe que Ele está perto e quer tirar todas as suas dúvidas? – Qual é a sua cegueira: o que você ainda não está entendendo? – O que precisa acontecer para que você saia do comodismo? – Você tem medo de que as pessoas o (a) mandem calar-se ou você tem coragem de gritar por Jesus mesmo que chame a atenção de todos.
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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