Os âmbitos pastorais da
caridade e da administração dos bens da Igreja são particularmente congeniais
para o ministério diaconal, disse o cardeal Beniamino Stella, prefeito da
Congregação para o clero, intervindo no vigésimo quinto congresso nacional do
diaconado italiano, realizado nos dias passados em Campobasso.

No seu relatório
sobre o tema: «A visão e as expectativas sobre o diaconado no ensinamento
pontifício», o pupurado realçou que caridade e administração dos bens «são dois
campos que nunca devem ser separados». Com efeito, acrescentou, «a posse dos
bens temporais por parte da Igreja» justifica-se não somente pelas necessidades
do culto e do sustento dos ministros sagrados, mas também «pelo exercício da
caridade evangélica a favor dos pobres, com o uso do dinheiro e dos bens»
deveras «em benefício da santidade da Igreja, como o Papa Francisco recordou».
De facto, o económico é «um âmbito mais delicado do que nunca, uma fronteira da
evangelização sobre a qual vigiar, pois “o diabo entra sempre pela carteira”»,
como admoestou o próprio Pontífice. O cardeal recordou também que «os diáconos
permanentes não são “meios sacerdotes”, que podem fazer quase tudo, nem “leigos
com a estola”». Com efeito, trata-se «de clérigos com uma identidade vocacional
e espiritual que lhes é própria, que deve ser cultivada e compreendida, tendo
como ponto de referência o diaconado, e não a comparação com o presbiterado nem
com o compromisso apostólico dos leigos». Em particular, é preciso reconhecer
ao diaconado «plena dignidade e “direito de cidadania”, não apenas na teoria,
em si clara, mas sobretudo na vida concreta das nossas Igrejas locais».
Fonte: L’Osservatore Romano
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