Partida de futebol cria laços entre detentos e representantes do Fórum Nacional da Juventude na Itália
Roma, (ZENIT.org)
Um espírito de fraternidade e de sorriso trouxe alívio, ontem, à insuportável onda de calor do verão romano. Um time de detentos do presídio de Rebibbia disputou uma alegre partida de futebol contra representantes do Fórum Nacional da Juventude, plataforma nacional das organizações juvenis italianas que reúne mais de 75 organizações e representa cerca de 4 milhões de jovens do país.
O evento deu continuidade às ações do "Grupo de Emergência Prisional", iniciativa do Fórum que quer chamar a atenção para a superlotação dos presídios e para outros problemas que afetam detentos e funcionários nas prisões italianas.
Entre as várias ações do grupo está o projeto "Fuorilfuturo" (algo como “O futuro lá fora”), que, por meio de encontros e atividades de lazer e de trabalho, visa oferecer aos jovens reclusos mais oportunidades de interação e ressocialização, tornando mais humano o cumprimento da sua pena. O "Fuorilfuturo" está pesquisando qual é a porcentagem da população carcerária que tem de 18 a 35 anos e o que levou esses jovens para trás das grades, a fim de contribuir para um futuro melhor para eles quando terminarem de cumprir a pena. O tempo de lazer dentro da prisão é uma ferramenta útil nesse projeto.
Apesar das temperaturas proibitivas, não faltaram virtuosismos na partida de ontem. O resultado recompensou abundantemente a preparação mais atlética e técnica dos detentos, mas o que importava era o senso de encontro. Os representantes do Fórum entregaram placas de reconhecimento ao diretor da prisão de Rebibbia, Mauro Mariani, que não pôde estar presente, mas enviou saudações aos participantes da iniciativa.
Matteo Guidoni, do Fórum, declarou a ZENIT: "Como Fórum Nacional da Juventude, não podíamos deixar de levar em conta a vida na prisão, que, em nosso país, tornou-se uma situação de emergência". Guidoni salienta que as iniciativas do "Fuorilfuturo" querem "reunir os membros das nossas associações com coetâneos que vivem em condições bem diferentes", promovendo um "enriquecimento mútuo" mediante experiências diretas "como a de hoje".
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