domingo, 19 de julho de 2015

REFLETINDO SOBRE O EVANGELHO





Marcos 6,30-34

DÉCIMO SEXTO DOMINGO DO TEMPO COMUM

O evangelho refletido de hoje é Marcos, 6-30-34. Fazendo uma leitura rápida deste evangelho vamos encontrar alguns pontos que orientarão a nossa reflexão: 1º) a avaliação da missão; 2º) convite a um retiro espiritual; 3º) uma multidão O segue; 4º) Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão porque era como ovelha sem pastor.
De uma forma concisa, o evangelho de hoje apresenta-nos um “flash” do dia-a-dia de Jesus, oferecendo pistas para a vivencia do cotidiano dos cristãos. Não se trata de imitar, na sua materialidade, a prática de Jesus. E sim, inspirar-se nos valores que motivam sua ação. A vida de Jesus definia-se como um contínuo servir. Os traços fundamentais da ação de Jesus eram compaixão e misericórdia. O contato com o ser humano sofredor tocava-lhe o mais fundo do coração. Jamais se mostrava impassivo, guardava distância ou fugia diante  do sofredor. Nem lhe fazia falsas promessas ou lhe dirigia palavras ilusórias. Seu coração misericordioso levava-o a acolher a pessoa carente e sarar suas feridas.
O zelo de Jesus não tinha limites. Ele não atendia as pessoas com hora marcada e às pressas. Não marcava o número de necessitados a quem acolher. Todo ser humano, a qualquer momento, podia estar certo de ser objeto da acolhida bondosa do Mestre. A intensidade da ação de Jesus podia fazê-lo cair num ativismo descontrolado. Essa situação poderia contaminar os discípulos. Para evitar tais situações, Jesus tinha o costume de retirar-se à parte com seus discípulos, para repousar das fadigas da missão. Era o momento da convivência fraterna, da partilha de experiências e de mútuo estímulo. Jesus, por sua vez, dedicava longos espaços de tempo à oração, sobretudo à noite Tempo de revigorar as forças na intimidade com o Pai!
Mensagem: diante da preocupação que Jesus tinha para com suas ovelhas, percebemos o jeito de fazer “pastoral”. Essa pastoral tinha dois momentos: o cuidado das multidões e a formação dos apóstolos que haviam retornado de sua missão. Nesta atitude de Jesus para com as ovelhas ainda aparecem dois elementos aparentemente antagônicos: 1º) a força – Jesus levava seu cajado para defender dos assaltantes e lobos e ovelhas. 2º) a ternura – Ele oferece carinho, cuidado a cada uma das ovelhas. Diante disso refletimos que a ternura e amor de Cristo-Pastor são as armas mais simples e ao mesmo tempo poderosas para mudar o mundo em que vivemos. Que o Cristo-pastor da humanidade nos ensine a ser servos do Rebanho e nunca donos e impostores. 

Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
    
    

Nenhum comentário: